Uma professora de 48 anos foi agredida por um aluno de 15 anos na Escola Estadual Três Poderes, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. O caso aconteceu na última segunda-feira (5) e foi registrado em vídeo por um colega de sala.
As imagens mostram o momento em que o estudante impede a entrada da professora na sala, movimentando a porta de forma brusca e, em seguida, a empurra, fazendo com que ela caia no chão. Enquanto a docente ainda está no corredor, outros alunos se aproximam para ajudá-la. O agressor grita: “Eu joguei! Eu joguei!”.
Segundo relato feito à Polícia Militar pelo vice-diretor da escola, a confusão começou após a professora de geografia chamar a atenção do aluno por usar o celular durante a aula. O estudante reagiu com rispidez e se recusou a acompanhar a docente até a direção. Ao ser informado de que o vice-diretor o buscaria, tentou sair da sala, mas foi impedido pela professora, que ficou na porta. Foi nesse momento que ele a empurrou com força.
A professora tentou se segurar no braço do aluno, mas não conseguiu evitar a queda. Apesar do episódio, ela não apresentou ferimentos visíveis e dispensou atendimento médico.
O adolescente, conforme relataram a escola e a Polícia Militar, apresenta comportamento hostil e desafiador desde o início do ano letivo. Durante o atendimento policial, ele estava agitado, ansioso e inquieto.
Os pais do estudante informaram que ele tem diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Opositivo Desafiador (TOD). Segundo eles, o jovem estava em tratamento, mas, no momento da agressão, tomava apenas medicação para controle de convulsões. A escola não tinha conhecimento do laudo médico, que só foi entregue no dia do ocorrido.
A Polícia Civil informou que a investigação está a cargo da Delegacia Especializada em Apuração de Ato Infracional, em Belo Horizonte.
Já a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) enviou uma equipe da Superintendência Regional de Ensino à escola para apurar o caso. Um relatório será encaminhado ao Conselho Tutelar, junto com o boletim de ocorrência. A professora receberá apoio do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), com acompanhamento de psicólogo e assistente social. Um trabalho de conscientização sobre comunicação não violenta será desenvolvido com a turma.
A SEE/MG reafirmou seu repúdio a qualquer forma de violência no ambiente escolar.