Na sessão desta terça-feira (27), na Câmara Municipal de Sena Madureira, o vereador Maycon Moreira, líder do prefeito Gerlen Diniz, utilizou a tribuna para prestar esclarecimentos à população sobre a polêmica envolvendo a falta de medicamentos na Farmácia Municipal. Em um discurso firme, o parlamentar apresentou documentos e explicou, ponto a ponto, os motivos da atual situação, responsabilizando a gestão anterior e defendendo as ações do atual prefeito.
Segundo Maycon, quando Gerlen Diniz assumiu a prefeitura em 1º de janeiro de 2025, o estoque de medicamentos já estava completamente vazio. “Desde meados de outubro para novembro de 2024, já não existia mais medicamento nas farmácias do município. O que ocorreu foi um abandono proposital para prejudicar o início da nova gestão”, afirmou o vereador.
Ele revelou que um pagamento de R$ 117 mil feito em novembro de 2024 referia-se a medicamentos que já haviam sido entregues, e não para novas remessas. “Na administração pública, só se paga por aquilo que já foi servido. E já não havia mais medicamentos há meses”, explicou.
Maycon também denunciou suposto conluio entre empresas fornecedoras para superfaturar preços e lesar os cofres públicos. Diante disso, o prefeito Gerlen Diniz cancelou as negociações e buscou alternativas. A primeira tentativa de adesão a uma ata de preços da prefeitura de Rio Branco não avançou, pois a empresa se recusou a fornecer pelos mesmos valores. Uma segunda tentativa com uma empresa de Tefé também foi descartada por apresentar preços muito altos.
Outro agravante, segundo o vereador, foi a descoberta de que uma das empresas envolvidas era a mesma que, no passado, havia recebido valores e não entregado medicamentos para uma servidora. “O prefeito não vai fazer negócio com quem já deu calote. Ele preza pela austeridade fiscal”, enfatizou.
Para solucionar o problema, Maycon informou que quatro novos processos licitatórios foram abertos e que três empresas já foram empenhadas para fornecimento de medicamentos. Ele garantiu que os primeiros lotes devem chegar à Farmácia Central até sexta-feira (31), ou, no mais tardar, até o dia 10 de junho.
“Está esclarecido o motivo da demora. Não foi negligência da atual gestão, mas um rombo deixado propositalmente. E agora, com responsabilidade, o prefeito está resolvendo”, concluiu.