
Uma equipe de pesquisadores a bordo do submersível Alvin testemunhou, pela primeira vez, uma erupção vulcânica ativa em uma dorsal meso-oceânica, uma extensa cadeia de montanhas submersas que se estende ao longo dos fundos oceânicos. O registro ocorreu durante uma expedição científica no leste do Oceano Pacífico, próximo à fonte hidrotermal Tica, a cerca de 2.500 metros de profundidade, na costa da Costa Rica.
No dia 28 de abril, os cientistas observaram a área repleta de vida marinha, com vermes tubulares, peixes, mexilhões e caranguejos. Na manhã seguinte, o cenário havia mudado drasticamente: os animais haviam desaparecido e o fundo do mar estava coberto por lava endurecida. À distância, a equipe viu clarões alaranjados de lava sendo expelida pelas fissuras no solo oceânico.
“Meu cérebro estava tentando entender o que estava acontecendo. Para onde tudo foi?”, relatou Andrew Wozniak, oceanógrafo químico da Universidade de Delaware e cientista-chefe da expedição, ao New York Times.
Segundo os pesquisadores, a presença de lava inFcandescente confirmou que a erupção ainda estava em andamento. Por segurança, a piloto do Alvin, Kaitlyn Beardshear, decidiu encerrar a missão quando a temperatura ao redor do submersível não parava de subir.
Apesar do tempo limitado, os cientistas conseguiram coletar dados e amostras de água e sedimentos para estudos futuros. O objetivo agora é entender os impactos da erupção na química da água e na biodiversidade local. O grupo também vai monitorar a região à distância, com sensores e mapas de alta resolução.