12 junho 2025

Conta de luz ficará mais cara em junho com retorno da bandeira vermelha, alerta Aneel

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta semana o retorno da bandeira vermelha patamar 1 para as tarifas de energia elétrica em todo o país. A medida entrará em vigor já a partir do mês de junho, impactando diretamente o bolso de milhões de brasileiros. Com isso, haverá um acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 kilowatt-hora (kWh) consumidos, o que representa um custo extra considerável para as famílias, comércios e pequenas empresas.

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A decisão marca o fim de um longo período de tranquilidade nas tarifas, já que o país estava operando com bandeira verde desde abril de 2022 — ou seja, sem cobrança adicional. Segundo a Aneel, o acionamento da bandeira vermelha se deve ao aumento da demanda por energia com a chegada da estação mais seca do ano, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e parte do Sudeste, onde os níveis dos reservatórios hidrelétricos começaram a cair significativamente.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para indicar ao consumidor, de forma clara e direta, se as condições para geração de energia estão favoráveis ou não. Quando a bandeira verde está em vigor, o custo de geração é baixo e não há cobrança extra. Já a bandeira amarela ou vermelha indica que o custo da produção de energia aumentou, especialmente quando é preciso acionar usinas térmicas, que são mais caras e poluentes.

De acordo com os técnicos da Aneel, mesmo com o nível dos reservatórios ainda acima da média histórica para o período, o aumento da demanda por conta do calor fora de época e do crescimento do consumo levou à necessidade de ativar essa tarifa de alerta. Além disso, a previsão para os próximos meses indica menor volume de chuvas, o que tende a pressionar ainda mais o sistema.

Para o consumidor, a principal recomendação é economizar energia ao máximo. Medidas simples como desligar luzes ao sair dos cômodos, evitar o uso de aparelhos elétricos nos horários de pico, manter a manutenção de equipamentos em dia e optar por lâmpadas e eletrodomésticos mais eficientes podem fazer grande diferença no valor da fatura mensal.

No Acre, onde o calor intenso predomina mesmo nos meses tradicionalmente mais secos, o uso de ventiladores e ar-condicionados tende a aumentar ainda mais o consumo elétrico, o que exige atenção redobrada. Além disso, famílias com renda mais baixa sentem de forma mais direta o impacto dessas cobranças adicionais, o que pode agravar ainda mais a situação econômica de muitas casas.

Especialistas alertam também para a necessidade de políticas públicas voltadas para o uso racional de energia, investimentos em fontes alternativas e em programas que incentivem a eficiência energética, como o uso de painéis solares e modernização da rede de distribuição.

Mesmo com o aumento na tarifa, o Brasil ainda está distante de um cenário de crise energética como o que ocorreu em 2021, quando houve racionamento de água em diversas regiões e a conta de luz registrou aumentos históricos. No entanto, o anúncio da Aneel serve como um sinal de alerta para a população e para os governos sobre a importância de manter uma matriz energética equilibrada e sustentável.

Para o mês de junho, a palavra de ordem é consciência no consumo. A mudança nas tarifas é válida para todas as regiões do país atendidas pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), que inclui a maior parte dos estados, inclusive o Acre.

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