
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta-feira (9), em Moscou, das cerimônias que marcaram os 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista, evento histórico que simboliza o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa. A celebração, promovida anualmente pela Rússia, homenageia os soldados e civis que resistiram e venceram o avanço nazista no conflito que custou mais de 27 milhões de vidas soviéticas.
O desfile, realizado na icônica Praça Vermelha, contou com a presença de chefes de Estado, representantes de governos e militares de diversas nações. A participação do presidente brasileiro foi vista como um gesto de diplomacia e de valorização da memória histórica, especialmente em um momento em que os reflexos de guerras passadas voltam a ser discutidos diante de conflitos atuais no cenário internacional.
Lula acompanhou o evento ao lado do presidente russo Vladimir Putin e de outras autoridades. Em seu discurso, destacou a importância da paz entre os povos e a necessidade de preservar os valores democráticos e os direitos humanos conquistados após o fim da guerra. Ele também reforçou o papel do Brasil como um defensor do diálogo multilateral e da solução pacífica de conflitos.
A presença do chefe do Executivo brasileiro também tem valor simbólico: é a primeira vez em mais de uma década que um presidente do Brasil participa presencialmente das comemorações do Dia da Vitória na Rússia. A data, celebrada em 9 de maio, relembra o momento em que o Exército Vermelho forçou a rendição final da Alemanha nazista, em 1945.
Lula ainda aproveitou a agenda internacional para reforçar laços diplomáticos com países do Leste Europeu, buscando ampliar parcerias comerciais e fomentar cooperação tecnológica, científica e educacional entre o Brasil e a Rússia.
A participação nas homenagens marca um momento de forte apelo histórico e político, remetendo ao valor da memória coletiva e à necessidade de fortalecer instituições internacionais para que tragédias como a Segunda Guerra jamais se repitam. Ao representar o Brasil nesse contexto, Lula também sinaliza a intenção de posicionar o país como voz ativa nos debates globais sobre paz, segurança e reconstrução da ordem internacional.