18 junho 2025

Governo realiza primeiro leilão de concessão de manejo florestal na B3

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O governo federal realizou, nesta terça-feira (21), o primeiro leilão de concessão de florestas públicas para manejo sustentável na história da bolsa de valores brasileira, a B3, em São Paulo. A iniciativa, liderada pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), representa um marco na política de desenvolvimen ambiental com geração de renda e empregos na região amazônica.to sustentável do país e promete aliar preservação

A concessão leiloada envolve três unidades de manejo florestal localizadas no estado do Pará, com um total de mais de 570 mil hectares de floresta pública. As áreas fazem parte da Floresta Nacional do Amaná e da Floresta Nacional de Altamira. A proposta é garantir o uso responsável dos recursos naturais, sob regras rígidas de conservação, com prazos de concessão que podem chegar a 40 anos.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o objetivo é incentivar o uso sustentável da floresta, oferecendo segurança jurídica às empresas e evitando a degradação ambiental que ocorre em áreas não fiscalizadas. As empresas vencedoras do leilão terão obrigações como manter a cobertura vegetal, proteger a fauna e cumprir metas sociais e econômicas com as comunidades locais.

Durante o leilão, transmitido ao vivo, cinco propostas foram apresentadas por diferentes grupos empresariais. A vencedora para o maior lote foi a empresa paranaense Laminados Triângulo, que ofertou o maior valor pela concessão e se comprometeu a aplicar técnicas modernas de exploração de madeira de forma sustentável.

De acordo com o governo federal, o manejo florestal sustentável permite que produtos madeireiros e não madeireiros sejam extraídos sem comprometer a regeneração natural da floresta, gerando benefícios de longo prazo para o meio ambiente e para a economia. A expectativa é que o modelo contribua para a redução do desmatamento ilegal e estimule a bioeconomia na Amazônia.

O ministro do Meio Ambiente e Mudança do Clima destacou que o uso da B3 como plataforma de leilão garante mais transparência ao processo, além de atrair investidores preocupados com responsabilidade socioambiental. “Estamos inaugurando uma nova forma de valorizar a floresta em pé, unindo tecnologia, transparência e desenvolvimento sustentável”, afirmou.

Outro ponto de destaque no processo é a exigência de contrapartidas sociais por parte das concessionárias, como a contratação de mão de obra local, apoio a comunidades tradicionais e desenvolvimento de projetos socioambientais. A concessão, segundo o governo, não transfere a propriedade da terra às empresas, mas concede o direito de uso por um período determinado, sob vigilância do Estado.

O projeto é considerado um modelo a ser replicado em outras regiões da Amazônia Legal. Com esse formato, o governo pretende colocar em concessão mais de 4 milhões de hectares até 2030, como parte da estratégia de combate ao desmatamento e estímulo à economia verde.

A comunidade científica e ambientalistas acompanham com atenção o avanço dessas concessões. Para especialistas, o sucesso do modelo dependerá da fiscalização eficaz e da transparência na execução dos contratos. Se bem-sucedido, o formato pode se tornar um exemplo de como aliar proteção ambiental com geração de oportunidades econômicas sustentáveis.

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