Nas últimas horas, uma imagem que supostamente mostra uma onça-pintada caminhando às margens da Av. Brasil,em Sena Madureira, interior do Acre, viralizou nas redes sociais, gerando preocupação entre moradores. Porém, análises técnicas confirmaram que a foto é uma montagem.
A imagem, que mostra o animal próximo a uma área verde, foi rapidamente compartilhada em grupos de mensagens, acompanhada de alertas para motoristas e pedestres que trafegam pela região. Contudo, uma avaliação detalhada revelou diversos indícios de manipulação digital.
A análise de bordas com o detector Canny revelou alguns pontos importantes:
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Bordas Claras e Definidas: As bordas do animal estão significativamente mais nítidas do que as do restante do ambiente, o que é incomum para uma imagem natural.
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Descontinuidade na Textura: As linhas que contornam o animal são mais fortes e isoladas, sugerindo que o objeto foi inserido posteriormente.
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Contorno Artificial: O círculo verde parece ter sido desenhado digitalmente, reforçando a hipótese de manipulação.
A análise dos canais de cor revelou alguns detalhes importantes:
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Inconsistência nos Canais: O círculo verde aparece claramente no canal verde (G), mas é muito menos visível nos canais vermelho (R) e azul (B), confirmando que foi adicionado posteriormente, possivelmente com uma ferramenta digital.
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Animal com Textura Deslocada: A textura do suposto animal se destaca de forma inconsistente nos três canais, sugerindo que sua inserção não foi completamente integrada à iluminação original da cena.
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Falta de Integração de Sombra: Não há variação significativa nas sombras ao redor do animal, o que seria esperado caso ele estivesse realmente presente no cenário.
Entre as evidências encontradas estão a ausência de sombras coerentes com a iluminação natural do ambiente, bordas artificiais ao redor do animal e inconsistências nos canais de cor, que são típicos de edições amadoras. Além disso, o círculo verde usado para destacar a figura da onça também apresenta características digitais que não estão presentes no restante da fotografia.
A circulação de imagens manipuladas pode causar alarme desnecessário e confundir a população, além de dificultar o trabalho de monitoramento ambiental. Especialistas reforçam a importância de sempre verificar a autenticidade de registros antes de compartilhar nas redes sociais.
Até o momento, nenhuma autoridade ambiental confirmou a presença do felino na área em questão, e a orientação para os moradores é manter a calma e buscar informações em fontes confiáveis.
