Recentemente, o ex-prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, reapareceu na mídia durante uma entrevista em uma emissora de TV em Rio Branco, onde resolveu disparar críticas contra a atual gestão do prefeito Gerlen Diniz, alegando que a prefeitura “esqueceu” de realizar um evento em homenagem ao Dia das Mães. A fala, no entanto, soa hipócrita e desrespeitosa com a memória da própria população, que lembra bem dos anos de abandono, promessas não cumpridas e ausência total de compromisso com o povo por parte do ex-gestor.
Mazinho parece ter memória curta — ou acredita que a população tem. Ele esquece que em seus dois mandatos, muitos eventos tradicionais foram simplesmente ignorados, inclusive datas comemorativas como o Dia das Mães, o aniversário da cidade e festas comunitárias que sempre foram importantes para a cultura local.
Além disso, Mazinho passou boa parte do tempo longe do município que deveria administrar. Em diversos momentos, moradores reclamavam que ele “sumia” da cidade, que não atendia no gabinete da prefeitura e que tomava decisões à distância, enquanto a população enfrentava problemas graves como ruas intrafegáveis, bairros abandonados, falta de remédios nos postos de saúde e um completo descaso com os mais pobres.
É no mínimo cínico que um gestor que deixou o Bairro da Vitória mergulhado na lama e no abandono por quase oito anos, agora critique quem tenta reerguer a cidade. Vale lembrar que, enquanto Mazinho pavimentava apenas o centro e áreas de interesse eleitoral, bairros inteiros continuavam sem iluminação, saneamento ou qualquer assistência da prefeitura.
A população também não esquece que, durante sua gestão, Mazinho se cercou de apadrinhados políticos, ignorando a meritocracia e transformando a prefeitura num cabide de empregos para seus aliados. Ao mesmo tempo, nunca valorizou os servidores da base, e sequer apresentou um plano coerente de valorização da educação e saúde pública.
Agora, fora do cargo, Mazinho tenta posar de “fiscalizador” da atual administração, como se não fosse ele o responsável por tantos retrocessos. É preciso deixar claro: quem teve a chance de fazer e não fez, não tem autoridade moral para cobrar agora. A crítica pela crítica, vinda de alguém com esse histórico, soa apenas como estratégia política rasa e desespero por relevância.
O povo de Sena Madureira sabe quem ficou do lado da cidade nos momentos difíceis. E sabe, também, quem apenas aparecia na televisão para fazer política com o sofrimento alheio.
