25 maio 2025

Mesmo sem casos registrados, Acre reforça medidas de prevenção contra influenza aviária

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Foto: IDAF

Em uma medida estratégica de proteção à saúde pública e ao setor avícola, o Acre tem intensificado as ações de prevenção contra a influenza aviária, também conhecida como gripe aviária. Embora não haja registros da doença no estado, o governo decidiu ampliar a vigilância sanitária e ambiental, considerando o avanço de focos em outras regiões do Brasil e em países vizinhos.

A decisão foi tomada como forma de precaução diante da alta transmissibilidade do vírus H5N1, causador da doença, e do risco que ele representa tanto para a avicultura quanto para a saúde humana. A influenza aviária é uma infecção viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres e, em casos mais raros, pode ser transmitida a seres humanos, especialmente aqueles que mantêm contato direto com aves doentes.

No Acre, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF) tem coordenado os esforços de prevenção em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), o Ministério da Agricultura e órgãos ambientais. As ações envolvem fiscalização em propriedades rurais, feiras e criações domésticas, além de monitoramento de aves migratórias que passam pelo estado, especialmente nas áreas de maior risco.

Além disso, campanhas educativas estão sendo promovidas para orientar criadores, trabalhadores rurais e a população em geral sobre os sintomas da doença nas aves, a importância do isolamento de animais com sinais suspeitos e os procedimentos corretos de notificação em caso de ocorrências incomuns.

Entre os principais sintomas da influenza aviária em aves estão a queda na produção de ovos, letargia, penas eriçadas, inchaço na cabeça, dificuldade respiratória e morte súbita. Caso alguma dessas situações seja percebida, a recomendação é que os criadores evitem o contato direto com as aves e acionem imediatamente o IDAF ou outro órgão responsável.

Outra medida de destaque é o reforço nas barreiras sanitárias em pontos estratégicos, como fronteiras interestaduais e mercados de aves vivas, com foco na inspeção de cargas e transporte irregular de animais. O objetivo é impedir a entrada do vírus no estado, uma vez que o Acre faz fronteira com países que já registraram episódios da doença.

De acordo com o IDAF, mesmo em um cenário livre de casos confirmados, a vigilância contínua é essencial. O órgão destaca que o estado possui um número significativo de criações de subsistência, o que exige atenção redobrada e ações coordenadas para evitar qualquer possibilidade de contaminação.

A influenza aviária é considerada uma das maiores ameaças à produção avícola mundial, e surtos da doença já causaram prejuízos bilionários em diversos países. O Brasil, maior exportador de carne de frango do mundo, mantém vigilância constante para proteger sua produção e evitar que a doença afete o abastecimento ou as exportações.

No Acre, a prevenção é, por enquanto, a principal arma. O esforço coletivo entre governo, produtores e sociedade pode garantir que o estado continue livre da influenza aviária, protegendo não apenas a economia local, mas também a saúde da população.

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