17 junho 2025

Morre em Rio Branco o juiz aposentado Heitor Andrade Macedo, aos 85 anos

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O juiz aposentado Heitor Andrade Macedo faleceu neste sábado, 24, em Rio Branco (AC), aos 85 anos. Reconhecido por sua trajetória marcada pela dedicação ao Judiciário acreano, Heitor era respeitado por colegas, servidores e membros da sociedade por seu compromisso com a Justiça e conduta ética.

O velório ocorre na capela central do Cemitério Morada da Paz, onde o sepultamento está marcado para as 10h deste domingo, 25.

Em nota, o presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargador Laudivon Nogueira, manifestou solidariedade em nome de magistrados e servidores do Poder Judiciário:

“Neste momento de luto e dor, solidarizamo-nos com os familiares e amigos enlutados. Que encontrem conforto e força para enfrentar esta difícil perda.”

Heitor era casado com a servidora aposentada Francisca Santiago Macedo, pai da servidora Maisa Macedo e de Helton Santiago Macedo, servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC).

A Associação dos Magistrados do Acre (Asmac) também lamentou a perda. Em nota assinada pela presidente da entidade, juíza Olívia Ribeiro, a Asmac destacou o legado deixado por Heitor Macedo e prestou condolências à família.

Natural de Rondônia, Heitor nasceu em 23 de janeiro de 1940, no seringal “Prosperidade”, às margens do rio Madeira. Filho de Fortunato Cândido Ramos e Nair Andrade Macedo, ficou órfão de pai aos dois anos e enfrentou inúmeras dificuldades durante a infância. Ainda criança, ajudava a mãe nas vendas de mingau e quitutes em Porto Velho para sustentar os irmãos.

Autodidata, alfabetizou-se com esforço e tornou-se um leitor ávido. Ao longo da vida, trabalhou como gerente do BASA, professor de Língua Portuguesa, dirigente do INDACRE e da Sabenacre, e atuou como presidente do Rotary Clube Rio Branco e Venerável da Loja Maçônica Marinho Monte Nº 8, além de vice-presidente da Federação Acreana de Futebol.

Após mudar-se para o Acre em 1977, cursou Direito na UFAC e foi aprovado em concursos públicos. Atuou como promotor de Justiça em Cruzeiro do Sul, em 1984, e foi nomeado juiz de Direito em 1988. Aposentou-se precocemente da magistratura e passou a exercer a advocacia criminal, sendo reconhecido como um dos mais respeitados profissionais da área no estado.

Pai de 12 filhos, foi um homem de muitas vivências e conquistas. Sua história deixa um legado de superação, compromisso com o serviço público e respeito à Justiça.

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