Uma mulher suspeita de ter matado e carbonizado o próprio marido no interior do Acre está sendo investigada pelas autoridades após a descoberta de seu histórico criminal. Segundo consta no boletim de ocorrência, a suspeita já havia sido presa anos atrás pelo homicídio de outro companheiro. Na época, ela foi condenada e cumpriu uma pena de sete anos de prisão.
O novo caso chamou atenção pelo grau de crueldade. A vítima foi encontrada completamente carbonizada, com indícios de que o corpo havia sido queimado dentro de um veículo. O crime ocorreu em uma área de mata isolada, o que dificultou as primeiras diligências. A identidade do homem foi confirmada posteriormente por meio de exames periciais.
As circunstâncias do crime ainda estão sendo investigadas pela Polícia Civil, que trabalha para apurar a motivação e a participação da mulher no assassinato. De acordo com o relato de testemunhas, o casal tinha um histórico de desentendimentos e discussões constantes, embora não houvesse registros formais de violência doméstica nos sistemas da polícia local.
Durante o interrogatório, a mulher negou ter cometido o crime. Ela afirmou que o companheiro havia desaparecido e que não tinha informações sobre o paradeiro dele. No entanto, a versão apresentada não convenceu os investigadores, especialmente após a descoberta do histórico criminal da suspeita.
De acordo com os registros do boletim de ocorrência, a mulher foi condenada por matar outro companheiro em circunstâncias semelhantes. Na época, o corpo da vítima também foi encontrado em estado avançado de decomposição. Após um processo judicial, ela foi considerada culpada e passou sete anos no sistema prisional acreano. Apesar disso, a acusada sempre negou envolvimento no crime, alegando inocência.
Para os investigadores, o fato de a suspeita já ter respondido por um homicídio com características parecidas acende um alerta e fortalece a hipótese de reincidência. No entanto, a polícia destaca que o caso atual ainda está em fase inicial de investigação e que todas as possibilidades estão sendo analisadas com cautela.
A perícia foi acionada e coletou amostras no local onde o corpo foi encontrado. Os laudos preliminares apontam que a vítima teria sido assassinada antes de ser colocada no veículo e que a carbonização foi uma tentativa de ocultar o crime. A polícia agora aguarda os resultados dos exames técnicos para confirmar a causa da morte.
Paralelamente, familiares da vítima foram ouvidos e relataram que o relacionamento do casal era conturbado, mas não chegaram a imaginar que pudesse terminar de forma tão trágica. Eles pedem justiça e esperam que os responsáveis pelo crime sejam punidos com rigor.
O delegado responsável pelo caso destacou que a investigação está em andamento e que a mulher permanece sob custódia enquanto os procedimentos legais são conduzidos. Ela poderá responder por homicídio qualificado, com agravantes como motivo torpe, meio cruel e tentativa de ocultação de cadáver, caso as provas confirmem sua autoria.
Esse é mais um caso que levanta o debate sobre reincidência criminal, feminicídio e a importância do monitoramento de pessoas com histórico violento. As autoridades reforçam que qualquer indício de ameaça ou comportamento agressivo deve ser denunciado à polícia para evitar tragédias como essa.