Entre os dias 13 e 15 de maio, o município de Brasileia, na região do Alto Acre, foi palco de uma oficina interinstitucional voltada ao fortalecimento das políticas públicas de saúde para a população indígena. A iniciativa foi promovida pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Projeto Txai, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e órgãos municipais.
Segundo Irlene Bandeira, chefe do Núcleo de Populações Prioritárias e Vulneráveis da Sesacre, a oficina tem como objetivo apresentar um plano de ação que atenda, com respeito e efetividade, às necessidades das comunidades indígenas da região.
Durante o encontro, foram debatidos temas como a implementação dos Núcleos Ampliados de Saúde Indígena (Nasis), previstos no Plano Estadual de Saúde, e estratégias para enfrentar os impactos das mudanças climáticas que afetam diretamente essas populações.
A estiagem prolongada e a seca severa têm causado escassez de água potável e insegurança alimentar nas comunidades, o que tem resultado em um aumento de doenças respiratórias e outros problemas de saúde.
O promotor de Justiça Juleandro Martins, coordenador do Projeto Txai, destacou a importância da ação. “Estamos fortalecendo o eixo da saúde, revisando compromissos assumidos em oficinas anteriores e propondo novas estratégias, especialmente para atender indígenas que vivem em áreas urbanas de Brasileia”, afirmou.