A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (13) a Operação Vinculum, que apura um esquema de desvio de recursos públicos na Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP), envolvendo a nomeação de servidores fantasmas em gabinetes parlamentares. A ação conta com apoio da Procuradoria Regional Eleitoral do estado.
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, tanto na sede da Assembleia quanto nas residências de investigados, localizadas nos bairros Novo Buritizal e Pantanal, em Macapá. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AP) também determinou o bloqueio de até R$ 1,4 milhão em contas bancárias, aplicações financeiras e outros ativos dos suspeitos.
Segundo a investigação, os servidores nomeados não exerciam qualquer função de fato e eram obrigados a repassar parte de seus salários a parlamentares ou intermediários. O dinheiro, de acordo com a PF, era usado para despesas pessoais e campanhas eleitorais. O prejuízo mensal estimado ultrapassa R$ 50 mil.
A operação é um desdobramento da Operação Pretium, realizada em março de 2023, que já havia apontado indícios de irregularidades de natureza eleitoral na Casa Legislativa.
Os envolvidos podem responder por crimes como organização criminosa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral e corrupção de menores. A PF segue apurando o caso para identificar todos os responsáveis e a extensão do esquema.