Mesmo fora do período de recesso parlamentar, o presidente da Câmara Municipal de Porto Walter, vereador Rosildo Cassiano Corrêa, está ausente do município desde o último dia 9 de maio. Enquanto a população esperava a continuidade dos trabalhos legislativos, o parlamentar tem compartilhado imagens em suas redes sociais aproveitando praias e shoppings em Fortaleza (CE).
A ausência de Rosildo contribuiu diretamente para a não realização da sessão da última quinta-feira, 15, que foi cancelada por falta de quórum. A Câmara conta com apenas nove vereadores e a presença mínima é indispensável para que os trabalhos legislativos ocorram.
Procurado pela reportagem do portal ac24horas, Rosildo minimizou sua ausência e disse que sua viagem teve início após a sessão da quinta-feira, dia 9, e que participou normalmente da reunião daquela data. Segundo ele, sua ida a Fortaleza foi pessoal, mas justificou que, a partir do domingo (19), seguirá para Brasília para participar da Marcha dos Prefeitos. “Quando chegar em Brasília, vou pedir diárias porque vou estar a trabalho”, afirmou.
“Eu faltei a uma sessão, porém não tinha nenhum projeto a ser votado. […] Eu vim aqui em Fortaleza e chego domingo em Brasília para participar da marcha dos prefeitos junto com o prefeito e outro vereador que tá vindo”, explicou o parlamentar.
A postura do vereador reacende polêmicas envolvendo seu nome. Em outubro do ano passado, Rosildo foi condenado pela Vara de Proteção à Mulher e Execuções Penais de Cruzeiro do Sul a 3 meses e 15 dias de prisão em regime aberto por lesão corporal dolosa, violência doméstica e ameaça contra sua então namorada, uma jovem de 17 anos à época dos fatos, ocorridos em novembro de 2021. Ele também pagou indenização à vítima.
Rosildo já presidiu a Mesa Diretora da Câmara em gestões anteriores e, apesar do histórico polêmico, segue ocupando a presidência do Legislativo municipal.
A ausência não justificada em compromissos oficiais, especialmente em períodos de atividade legislativa, levanta questionamentos sobre a responsabilidade dos parlamentares municipais com suas funções e com o eleitorado.