24 julho 2025

Acusado de matar ex-companheira na frente da filha irá a júri popular, decide Justiça

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A Justiça decidiu levar a júri popular o motoboy Jairton Silveira Bezerra, de 45 anos, acusado de assassinar brutalmente sua ex-companheira, Paula Gomes da Costa, de 33 anos, na frente da filha do casal, de apenas 6 anos. A decisão foi assinada pelo juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco, e publicada neste domingo (15).

O crime, ocorrido em outubro de 2023, chocou a capital acreana pela brutalidade e pelo fato de ter acontecido em plena via pública. Segundo as investigações, Paula foi esfaqueada diversas vezes, mesmo estando sob medida protetiva contra o ex-marido. A filha presenciou toda a cena.

Jairton responde por homicídio qualificado, com as seguintes agravantes: feminicídio, motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima, cometido na presença da descendente e em descumprimento de medida protetiva, caracterizado por animus necandi (intenção de matar), em contexto de violência doméstica.

A audiência de instrução – etapa do processo em que acusação e defesa são ouvidas – foi realizada após o adiamento da sessão inicial prevista para 12 de maio. Com o encerramento dessa fase, a Justiça decidiu pela pronúncia do réu, tornando o julgamento pelo júri popular inevitável. Ainda não há data definida para o julgamento.

Histórico do caso

Após o crime, Jairton fugiu e permaneceu foragido por 10 dias. Ele se entregou à polícia no dia 6 de novembro, na Delegacia de Flagrantes (Defla), e, em seguida, foi levado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), onde prestou depoimento. No mesmo dia, passou por audiência de custódia e teve a prisão mantida.

Casado com Paula por 13 anos, Jairton não aceitava o fim do relacionamento. Segundo relatos e registros anteriores, ele já havia agredido a vítima em outras ocasiões, o que levou à concessão da medida protetiva.

Em dezembro de 2024, a Justiça negou um pedido de liberdade provisória ou substituição da prisão por medidas cautelares. Em abril deste ano, outro pedido — que solicitava Justiça gratuita e a exclusão da agravante de que o crime foi cometido na frente da filha — também foi indeferido.

A defesa do réu não tem se manifestado publicamente sobre o caso.

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