20 julho 2025

Após quatro dias desaparecida, brasileira que caiu em trilha na Indonésia é encontrada morta

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Juliana Marins /Imagem: Reprodução redes sociais.

A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada morta após quatro dias desaparecida na região do vulcão Rinjani, na Ilha de Lombok, na Indonésia. A confirmação foi feita pela família na manhã desta terça-feira (24). A jovem, natural de Niterói (RJ), havia caído de um penhasco durante uma trilha na madrugada do último sábado (21), horário local.

Juliana realizava um mochilão solo pela Ásia desde fevereiro, passando por países como Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia. Na sexta-feira (20), ela iniciou uma trilha de três dias pelo Parque Nacional do Monte Rinjani, acompanhada por cinco turistas e dois guias.

Segundo relatos da família, a queda ocorreu por volta das 4h da manhã de sábado, após a jovem se separar do grupo por exaustão. De acordo com a irmã, Mariana Marins, Juliana pediu para descansar, mas os guias seguiram adiante. A ausência foi percebida cerca de uma hora depois, quando o guia retornou e viu uma lanterna acesa em um penhasco profundo, onde ouviu a jovem pedindo ajuda.

Imagem via UOL.

Juliana foi localizada por um drone na segunda-feira (23), imóvel e a aproximadamente 500 metros abaixo da trilha. Nesta terça, sete socorristas conseguiram se aproximar do local, onde encontraram o corpo da brasileira. Estima-se que ela já estava a cerca de 950 metros de profundidade.

A tragédia foi marcada por denúncias de abandono e informações desencontradas. A família acusou as autoridades indonésias de divulgarem vídeos forjados que mostrariam a jovem recebendo alimentos e abrigo, o que não teria ocorrido. A Embaixada do Brasil na Indonésia admitiu que repassou informações incorretas, baseando-se em relatos das autoridades locais.

A operação de resgate enfrentou condições extremamente difíceis, com terreno instável e neblina intensa, que impediu a aproximação de helicópteros. A Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarna) informou que só foi alertada sobre o acidente muitas horas após a queda, o que atrasou ainda mais os trabalhos.

Juliana Marins /Imagem: Reprodução redes sociais.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil lamentou a morte de Juliana e afirmou que acompanhava o caso desde sexta-feira. Dois funcionários da embaixada foram deslocados até o local para apoiar os trabalhos.

O pai da jovem, Manoel Marins, anunciou nesta terça-feira que estava a caminho da Indonésia. Ele enfrentou dificuldades para embarcar por causa do fechamento do espaço aéreo em Doha, no Catar, após ataques do Irã a bases americanas na região.

Juliana Marins /Imagem: Reprodução redes sociais.

Juliana era formada em Publicidade pela UFRJ e atuava como dançarina de pole dance. Ela compartilhava nas redes sociais momentos da viagem, que era um sonho de vida. A morte da jovem causou comoção nas redes e reacendeu discussões sobre segurança e responsabilidade em trilhas turísticas internacionais.

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