Cotado desde maio para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, o deputado Guilherme Boulos (PSol-SP) terá que aguardar as eleições internas do PT, marcadas para 6 de julho, para ser nomeado ministro de Lula.
Segundo apurou a coluna com interlocutores do deputado e do presidente da República, Lula só pretende nomear Boulos depois que definir o futuro do atual ministro da Secretaria-Geral, o petista Márcio Macedo.
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Boulos está cotado para substituir o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo
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Boulos é deputado federal e aliado de Lula
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Guilherme Boulos pode ser nomeado após a eleição do PT
Leandro Paiva/Campanha Boulos
Lula e Boulos são aliados
Ricardo Stuckert / PR
Nos bastidores, Lula atua para que Macedo seja acomodado em algum cargo da nova direção do PT que será eleita em julho. Inicialmente, o ministro foi cotado para assumir como tesoureiro nacional do partido.
O atual titular da Secretaria-Geral da Presidência, contudo, não se viabilizou internamente para o posto. Atual tesoureira da legenda, Gleide Andrade fez um acordo interno e deve continuar na função.
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Por que Boulos topa não disputar eleição para virar ministro de Lula
Sem a tesouraria, Lula articula agora para que Macedo vire vice-presidente nacional do PT. A ideia é que o ministro assuma o posto para ser um dos coordenadores da reeleição do chefe no Nordeste em 2026.
Lula, segundo apurou a coluna, também cogitou acomodar Macedo na presidência do Ibama. A atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, contudo, resistiu à mudança no comando do instituto.
Segundo aliados, Marina avaliou que uma troca no comando do Ibama para abrigar um político a enfraqueceria no momento em que ela atua para barrar a exploração de petróleo na Margem Equatorial.
Por que Boulos quer ser ministro?
Como a coluna noticiou, Boulos topou até mesmo abrir mão da reeleição em 2026 para virar ministro de Lula. O motivo, segundo aliados, seria um descontentamento com a Câmara dos Deputados.
Interlocutores dizem que o psolista quer ir para o governo porque a avaliação é de que ele estaria “no anonimato” e com o “mandato apagado” na Casa, após as eleições municipais de 2024 em São Paulo.
Em 2022, quando se elegeu para a Câmara, Boulos teve mais de um milhão de votos, tornando-se o deputado mais votado no estado. Para aliados, o psolista não conseguiria alcançar essa votação em 2026.
