14 junho 2025

Cheia dos rios no Amazonas já deixa 36 municípios em situação de emergência

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Foto: REUTERS/Bruno Kelly.

A cheia dos rios no Amazonas continua avançando e já atinge diretamente 36 dos 62 municípios do estado, segundo o último relatório da Defesa Civil. Mais de 371 mil pessoas foram impactadas pela elevação dos níveis dos rios, e a tendência é que o cenário se agrave nos próximos meses.

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O estado enfrenta agora o período de cheia após ter vivido, em 2024, uma das secas mais severas da sua história, com estiagem recorde em várias regiões. Embora o pico das cheias geralmente ocorra entre março e julho, neste ano a intensidade está acima do normal e vem afetando todas as nove calhas hidrográficas do estado.

Os municípios mais atingidos estão localizados ao longo das calhas dos rios Juruá, Purus, Madeira, Solimões e Negro. Veja quais cidades já decretaram situação de emergência:

  • Rio Juruá: Guajará, Ipixuna, Itamarati, Eirunepé, Juruá, Carauari

  • Rio Purus: Boca do Acre

  • Rio Madeira: Borba, Nova Olinda do Norte, Apuí, Humaitá, Manicoré, Novo Aripuanã

  • Rio Solimões: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Amaturá, Fonte Boa, Maraã, São Paulo de Olivença, Japurá, Tefé, Coari, Jutaí, Careiro da Várzea, Caapiranga, Manaquiri, Anamã, Careiro, Anori

  • Rio Negro: Itacoatiara, Itapiranga, Boa Vista dos Ramos, Santa Isabel do Rio Negro

Situação grave em Santa Isabel do Rio Negro

Um dos casos mais críticos ocorre em Santa Isabel do Rio Negro, onde o nível do rio chegou a 7,3 metros na sexta-feira (6). Pelo menos quatro bairros da área urbana já estão alagados, com ruas submersas e casas invadidas pela água.

A principal via de acesso ao porto da cidade está completamente inundada, o que afeta diretamente o transporte de pessoas e mercadorias. Na zona rural, comunidades ribeirinhas também sofrem com a cheia, enfrentando dificuldades para se locomover e manter as atividades básicas do dia a dia.

As autoridades estaduais seguem monitorando a situação e prestando assistência às famílias afetadas. A Defesa Civil reforça a necessidade de medidas emergenciais e apoio humanitário para minimizar os impactos da enchente.

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