Se política fosse um jogo de tabuleiro, em Sena Madureira seria tipo War com as regras do Uno: todo mundo muda de cor conforme a rodada, e quem ousa confiar no parceiro acaba levando +4 bem no meio do mandato.
Nas últimas semanas, o que se viu nos bastidores foi uma verdadeira dança das cadeiras. Antigos aliados, que até pouco tempo dividiam palanque, cafezinho e postagem no Instagram, agora trocam farpas nos bastidores e sorrisos falsos em público. A política local virou uma guerra fria com ventilador ligado.
Fulano, que dizia que “estava fechado com Sicrano até o fim”, agora aparece em reuniões com Beltrano, que até ontem era “um retrocesso para Sena”. Enquanto isso, a população assiste ao espetáculo como quem acompanha uma novela das 9: cheia de reviravoltas, traições e vilões que viram mocinhos do dia pra noite — e vice-versa.
É que no jogo político de Sena, a verdade nunca entra em campo. O que vale mesmo é o timing. Fala-se o que for preciso para manter a pose, garantir uma indicação, ou pelo menos salvar o próprio nome da fogueira virtual. Quando um aliado não serve mais, vira adversário — e, claro, “nunca foi de confiança mesmo”.
E os bastidores? Ah, esses são movimentados. Conversas em corredores, mensagens vazadas, prints circulando como se fossem bombas-relógio. Mas nada que chegue ao grande público com clareza. Afinal, em Sena Madureira, “transparência” é só um termo bonito usado em live de prestação de contas.
Por isso, eleitor atento já aprendeu: o verdadeiro mapa da política local não está nos discursos públicos, mas nas entrelinhas. E o jogo só termina quando a urna fecha — ou quando algum áudio vaza.