Mais um escândalo que promete abalar a política local, a Prefeitura de Sena Madureira denunciou formalmente o ex-prefeito Mazinho Serafim (Osmar Serafim de Andrade) ao Ministério Público Estadual por indícios gravíssimos de improbidade administrativa e possível crime contra o patrimônio público. O motivo? O desaparecimento, segundo a denúncia, de R$ 1.450.000,00 em recursos públicos oriundos de emendas parlamentares que deveriam ter sido investidos na saúde e em obras para beneficiar a população.
Segundo os documentos oficiais assinados pelo atual prefeito Gehlen Diniz, a gestão anterior simplesmente gastou os recursos sem apresentar sequer um plano de trabalho, sem Notas Fiscais válidas, sem documentos que comprovem o serviço prestado e, pior ainda, usando contas bancárias fora do sistema oficial da prefeitura.
Cirurgias fantasmas e contas escondidas
As representações encaminhadas ao Ministério Público revelam que os valores, destinados por meio de emendas dos deputados estaduais Pablo Bregense (R$ 500 mil) e Gilberto Lira (R$ 950 mil), foram pagos a empresas e instituições como o Instituto Brasil – Santa Casa de Misericórdia da Amazônia e a Forte Empreendimentos sem qualquer comprovação de que os serviços contratados foram realmente executados.
No caso das supostas cirurgias realizadas, a prefeitura atual afirma que não há lista de pacientes atendidos, nem planilhas de materiais utilizados ou qualquer outro tipo de controle. É como se tudo tivesse sido apenas encenado — um teatro de papel para justificar pagamentos milionários com dinheiro público.
Mais estarrecedor ainda é o fato de que, no caso da emenda do deputado Gilberto Lira, o dinheiro teria sido transferido para uma conta bancária da prefeitura que sequer estava cadastrada no sistema oficial de contabilidade, o que dificulta o rastreamento do recurso e levanta suspeitas sérias sobre uma possível tentativa de ocultar os gastos.
Administração atual aponta entraves para novas emendas
A prefeitura também expressa preocupação quanto ao impacto que os fatos relatados podem gerar para a atual gestão, sobretudo no que diz respeito à captação de novas emendas parlamentares. A ausência de comprovação da aplicação dos recursos pode, segundo o Executivo, comprometer a imagem institucional do município e gerar entraves técnicos e legais.
Ministério Público analisará os documentos
As denúncias foram formalmente protocoladas no dia 3 de junho de 2025 e solicitam que o Ministério Público avalie a documentação apresentada, instale procedimento investigatório e, caso necessário, adote as medidas cabíveis previstas em lei.
O conteúdo das representações aponta para possíveis infrações à Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992) e ao Código Penal, mas caberá ao Ministério Público e aos órgãos competentes apurar os fatos, colher provas e, se for o caso, propor eventuais ações legais.
Até o momento, o ex-prefeito Mazinho Serafim não se manifestou sobre o assunto. O espaço segue aberto para sua versão dos fatos.
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