Uma chocante reportagem exibida no programa “Fantástico” da TV Globo, na noite do último domingo (8), escancarou a precariedade da Escola Municipal Rural Belo Horizonte, localizada no Projeto de Assentamento PDS Bonal, em Bujari, no interior do Acre. As imagens, que rapidamente viralizaram, expuseram uma realidade educacional desoladora: a unidade opera sem paredes, sem acesso a água potável, sem piso adequado e com a assustadora presença de baratas na geladeira da cozinha.
A reportagem evidenciou as condições subumanas às quais alunos e professores estão submetidos diariamente. A ausência de paredes, por exemplo, deixa a comunidade escolar completamente vulnerável às chuvas, ventos e ao sol escaldante da região, além de facilitar a entrada de animais peçonhentos e comprometer a segurança. A falta de acesso à água corrente, um recurso básico e essencial, impede a higiene adequada e torna o preparo da merenda escolar um desafio insalubre.
O ponto mais alarmante, e que causou indignação generalizada, foi a cena da geladeira da cozinha, utilizada para armazenar alimentos dos estudantes, infestada por baratas. Este detalhe não apenas expõe a negligência com a higiene e o saneamento, mas levanta graves questionamentos sobre a segurança alimentar das crianças que dependem da refeição oferecida pela escola.
A situação da Escola Municipal Rural Belo Horizonte é um retrato contundente do descaso com a educação em áreas remotas do país. Enquanto o programa “Fantástico” trouxe à tona essa realidade dramática, as autoridades locais e estaduais ainda não se manifestaram oficialmente sobre as medidas emergenciais que serão adotadas para reverter o quadro.
A comunidade e educadores aguardam posicionamentos e ações concretas da Secretaria de Educação do Acre e da Prefeitura de Bujari. A expectativa é que a repercussão nacional force o governo a investir na infraestrutura da escola, garantindo um ambiente digno, seguro e propício ao aprendizado, conforme previsto na Constituição Federal.
Fonte: ac24horas