O jornalista Jota Cavalcante voltou às margens do rio Iaco, neste sábado, 13 de junho de 2025, para registrar mais um capítulo da estiagem severa que atinge o município. Direto da ponte José Nogueira Sobrinho, ele informou que o nível do rio Vale do Iaco está em apenas 1,97 metros, segundo medição da Defesa Civil Municipal.
Mesmo ainda no mês de junho — quando historicamente o rio ainda deveria estar com bom volume — a cena é de alerta: águas mais limpas, sinal de pouca correnteza, e margens secas ganhando cada vez mais espaço. A estiagem precoce começa a comprometer a mobilidade fluvial das comunidades ribeirinhas.
Um vídeo enviado por um internauta do Alto Rio Macauã mostra com clareza a dificuldade enfrentada por moradores locais. Em um trecho com uma pequena cachoeira, a vazante é tanta que não há mais profundidade suficiente para a navegação. A solução? Puxar o barco no braço.
Nas imagens, moradores aparecem arrastando a embarcação pelo leito quase seco do rio, tentando vencer o trecho de pedras e paus. “Aqui tá seco, seco, seco… eu já passei no meu, tá lá na frente. Agora tô indo ajudar os outros. Tô só esperando. Já vem outro ali”, diz um dos ribeirinhos enquanto tenta atravessar o obstáculo com o barco.
A cena é simbólica e preocupante: um rio que sempre foi estrada vira barreira, e o que antes deslizava sobre as águas agora é puxado na marra, com muito esforço.