20 julho 2025

Vazamento pode ter exposto mais de 16 bilhões de senhas de usuários do Google, Apple e Meta, diz site

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Um megavazamento de dados pode ter comprometido bilhões de senhas de usuários de serviços das gigantes de tecnologia Google, Apple e Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), segundo revelou a revista Forbes com base em uma investigação conduzida pela Cybernews, um grupo independente que monitora ações de hackers.

De acordo com o pesquisador Vilius Petkauskas, da Cybernews, foram identificados ao menos 30 conjuntos de dados expostos, cada um contendo de dezenas de milhões até mais de 3,5 bilhões de registros. Somados, esses pacotes ultrapassariam os 16 bilhões de dados vazados — entre senhas e outras informações sensíveis.

Embora ainda não esteja claro de onde vieram os vazamentos, os especialistas da Cybernews consideram pouco provável que os dados tenham sido obtidos diretamente das plataformas das big techs. A hipótese mais provável é de que os dados tenham sido roubados diretamente dos próprios usuários, por meio de técnicas como phishing, malwares e ataques ransomware.

Em nota, a Apple informou que não comentará o caso. Já Meta e Google foram procuradas pelo jornal O Estado de S. Paulo, mas ainda não se pronunciaram.

Segundo a Cybernews, os dados ficaram disponíveis por pouco tempo, o que dificultou a identificação dos responsáveis pelo vazamento.

Especialistas explicam que os hackers usam táticas como:

  • Phishing: envio de links falsos para enganar o usuário e obter senhas;

  • Malware: programas espiões que capturam dados de celulares e computadores;

  • Ransomware: softwares que sequestram dados e pedem resgate.

O que fazer para se proteger

Embora as empresas envolvidas ainda não tenham confirmado oficialmente o vazamento, os especialistas recomendam que usuários:

  • Troquem as senhas de contas ligadas aos serviços da Apple, Google e Meta;

  • Evitem repetir senhas em diferentes plataformas;

  • Utilizem autenticação em duas etapas;

  • Mantenham sistemas operacionais atualizados em celulares e computadores.

Com o aumento do rastreamento digital e da coleta de dados pessoais, os cuidados com a privacidade online devem ser redobrados. Ainda que existam ferramentas para proteção, muitos usuários não sabem como usá-las.

Dicas para reforçar a privacidade

Segundo Guilherme Tafelli, da fintech Portão 3 (P3), é fundamental ler os termos de uso e políticas de privacidade dos aplicativos. Isso ajuda a entender que tipo de dados estão sendo coletados e com quem são compartilhados.

Jaime Taboada, CEO da Divibank, alerta que permissões são muitas vezes aceitas sem que os usuários percebam. Ele sugere revisar manualmente, nas configurações do celular, quais apps têm acesso à câmera, microfone, localização e contatos — e avaliar se essas permissões fazem sentido para o tipo de aplicativo.

Ferramentas como Exodus Privacy e AppCensus ajudam a identificar rastreadores escondidos em apps, enquanto o GlassWire pode monitorar o tráfego de dados e alertar sobre comportamentos suspeitos, como consumo anormal de bateria.

Navegadores com foco em privacidade

Para quem busca mais segurança na navegação, os especialistas recomendam navegadores como Brave, Tor Browser e Firefox, que oferecem recursos de bloqueio de rastreadores e proteção contra coleta de dados.

“O rastreamento digital aumentou muito em 2025, e navegadores com foco em privacidade se tornaram ferramentas essenciais”, concluiu Taboada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Informações via CNN Brasil.

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