A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) afirmou, por meio de sua defesa nesta segunda-feira (14/7), que não pretende se candidatar a cargos eletivos, nem almeja se tornar deputada na Itália, país onde reside desde junho.
Zambelli teve a prisão preventiva determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e, desde então, é considerada foragida pela justiça brasileira. De acordo com a CNN, seus advogados declararam que, no momento, a deputada tem, no máximo, interesse em comentar assuntos políticos com o governo italiano, uma vez que os acontecimentos recentes lhe causam profundo desgosto. Sua defesa também não a considera foragida.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Carla ZambelliFoto: Mário Agra/Câmara dos Deputados Carla ZambelliFoto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputadfos PT pressiona Mesa Diretora da Câmara para protocolar a cassação de Carla ZambelliReprodução: Agência Brasil Câmara envia à CCJ processo de cassação de Carla Zambelli após condenação no STFReprodução: Agência Brasil Carla ZambelliReprodução / Instagram Carla Zambelli na Itália: saiba como o país lida com casos de extradiçãoReprodução: Agência Brasil
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Ainda assim, Zambelli não pretende se afastar completamente da vida pública. Segundo sua defesa, ela recebeu apoio de pessoas que acreditam em seu trabalho e sente-se comprometida com essas pessoas a manter uma postura de absoluta retidão. A equipe jurídica reforçou que ela não tem a intenção de disputar o cargo de deputada na Itália.
Os advogados acrescentaram que Zambelli pretende retomar sua atuação como ativista. No entanto, a experiência como parlamentar lhe trouxe frustrações e decepções. De acordo com a defesa, a parlamentar acredita que é possível contribuir mais com o país fora do Congresso, sem estar sujeita às obrigações parlamentares que, segundo ela, geram esgotamento constante, diante de pressões tanto da esquerda quanto da direita.
Essas pressões, conforme relataram os advogados, acabam por silenciar posicionamentos diante de situações que considera absurdas, tudo em nome de um suposto “bem maior”, que, na visão de Zambelli, não representa o verdadeiro bem comum que ela busca.
A CNN também questionou a parlamentar sobre os motivos para não cumprir a decisão da justiça brasileira. Em resposta, a defesa afirmou que “um ministro que não segue a CF [Constituição Federal] não pode ditar” o que a deputada deve ou não fazer.
