11 agosto 2025

Chinês é preso após se passar por mulher para filmar encontros sexuais sem consentimento

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A história de Jiao, um homem de 38 anos que ficou conhecido pelo apelido “Sister Hong”, vem gerando intensa repercussão nas redes sociais e na imprensa internacional. Ele foi preso em Nanquim, na China, acusado de se passar por mulher para atrair homens com quem marcava encontros sexuais — os quais eram gravados sem consentimento das vítimas e posteriormente divulgados ou comercializados online.

A prisão ocorreu em 5 de julho, conforme informado em comunicado oficial do Departamento de Segurança Pública, divulgado pela mídia estatal no dia 8. De acordo com as autoridades, Jiao se apresentava em aplicativos de relacionamento como uma mulher divorciada em busca de novos parceiros. Para se passar por mulher, utilizava perucas, maquiagem, filtros digitais e até softwares de modulação de voz.

O caso Sister Hong: chinês que fingia ser mulher gravava encontros com homens sem consentimento — Foto: Reprodução

Durante a investigação, a polícia descartou rumores que circulavam online de que Jiao teria gravado encontros com mais de 1.600 homens ou que seria portador do vírus HIV — boatos que foram amplamente desmentidos. A apuração, no entanto, indica que o número de vítimas pode chegar a centenas.

Nos encontros, o acusado pedia presentes simbólicos, como frutas, leite ou óleo de cozinha, em vez de dinheiro. Os vídeos eram posteriormente vendidos em grupos privados na internet por cerca de 150 yuans (aproximadamente R$ 116).

O caso causou comoção na China e em Taiwan, com repercussões negativas para várias das vítimas, algumas das quais foram identificadas publicamente após o vazamento das imagens. Houve relatos de rompimentos de relacionamentos e exposição nas redes sociais, incluindo montagens com rostos das vítimas e vídeos de familiares confrontando os envolvidos.

Um jurista consultado pela imprensa chinesa afirmou que Jiao poderá responder por ao menos sete crimes, incluindo violação de privacidade, distribuição de material obsceno e, dependendo da interpretação legal sobre os “presentes” recebidos, até mesmo prostituição. A pena por divulgação de material pornográfico pode chegar a 10 anos de prisão, dependendo do número de imagens e dos lucros obtidos.

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