A diretora Rebecca Lenkiewicz é conhecida por filmes com tramas sáficas e pulsantes. Gostando ou não, você sente na pele toda cena da cineasta britânica. Em sua nova aposta que chega aos cinemas nesta quinta (3/7), “Hot Milk”, porém, tudo que passa pela sua cabeça durante o longa é como ele tem um drama ali, mas tergiversa a atenção. No final, não emociona ninguém apesar do bom elenco e da beleza.
O filme conta a história de Sofia, vivida por Emma Mackey, uma jovem britânica que se muda para a costa espanhola atrás de um tratamento para sua mãe, Rose (Fiona Shaw), que não consegue andar. A relação com a matriarca é uma maravilha de acompanhar. Você ri em vários momentos por conta de algumas situações absurdas.
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O tratamento pelo qual a mãe é submetido é um dos chamados “alternativos”, em que os remédios são jogados de lado e a abordagem é bem mais psicológica. Isso desencadeia situações ao longo do filme.
Sofia também vive uma montanha russa com Ingrid, uma jovem alemã que vive uma vida de hippie e se envolve com vários homens diferentes. A relação das duas é a abordagem lésbica da vez, com papos tortos e muita intensidade.
Outra trama abordada é a relação de Sofia com o pai, que revela bastidores inéditos e conturbados da família da mãe.
Se você leu até aqui, deve estar se perguntando qual a relação entre tudo isso. Pois bem, eu também me questionei ao assistir o filme. As interações são divertidas, a fotografia é linda e é bem carnal, com a clara assinatura de Rebecca. Mas isso tudo não leva a lugar nenhum.
O final de “Hot Milk” é chocante, com um desfecho que deixa algumas amarras abertas entre Sofia e uma das personagens. Enquanto todas as outras histórias ficam largadas pelo caminho e são completamente esquecidas.
No mais, se você quer se divertir com esse filme, vá sem a pretensão de pensar muito. Se não, é dor de cabeça na certa. A trama lésbica é interessante para quem gosta, mas nada mais. Uma pena. Um filme com potencial virou um quase.
Nota: 5,5