Em um corte de um vídeo divulgado dias atrás em que diz “não haverá recuo” nem com a possível prisão do pai, Jair Bolsonaro (PL), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) revelou que quer ver o povo brasileiro à míngua, caso o governo Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF) não baixem a cabeça para Donald Trump, que pede o fim do julgamento do ex-presidente golpista para suspender a taxação de 50% sobre produtos brasileiros, que passa a valer a partir do dia 1º de agosto.
“Não haverá recuo, podem prender o meu pai, não haverá recuo, podem tentar me prender e vir interpol, não haverá recuo, podem fazer o que for, não haverá recuo, eu estou garantindo para vocês, não se negocia com um psicopata, com um tirano sedento por sangue”, afirmou Eduardo.
Após o ataque a Moraes, Eduardo lança seu desejo de que os brasileiros que não consigam deixar o Brasil, caso o pai não seja libertado, “busquem cachorro para comer” tentando provocar terror sobre as possíveis consequências da guerra comercial desencadeada por Trump contra o Brasil.
“Estou preocupado, meus amigos, se vocês que estão aí no Brasil e vocês que não conseguem sair daí, que a maioria é da população brasileira, se vocês vão daqui alguns anos estar buscando cachorro na rua para comer igual na Venezuela, é hora do tudo ou nada, ou é 100% vitória ou 100% derrota”, emenda.
🚨AGORA: Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acaba de gravar um vídeo afirmando que, no que dependesse da família Bolsonaro, todos os cidadãos do Brasil vão comer cachorros daqui a algumas semanas. “Para que o apocalipse não ocorra, vocês têm que fazer com que Alexandre de Moraes se… pic.twitter.com/1PTKXAIPUL
— PESQUISAS E ANÁLISES ELEIÇÕES (@pesquisas_elige) July 23, 2025
Ameaça a senadores
Nesta terça-feira (22), Eduardo, que está licenciado do cargo e vivendo nos Estados Unidos, usou as redes sociais para ameaçar a comitiva de senadores que irá ao país negociar com o governo norte-americano a retirada ou o adiamento das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
Foram designados oito senadores para a missão nos Estados Unidos, com o objetivo de se encontrarem com congressistas norte-americanos e articular a retirada da tarifa. São eles:
- Senadora Tereza Cristina (PP-MS)
- Senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
- Senador Jaques Wagner (PT-BA)
- Senador Esperidião Amin (PP-SC)
- Senador Rogério Carvalho (PT-SE)
- Senador Fernando Farias (MDB-AL)
- Senador Carlos Viana (Podemos-MG)
Ao tomar conhecimento da comitiva, Eduardo Bolsonaro afirmou que a viagem será inútil e que as tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros serão mantidas.
“Essa iniciativa me parece seguir o padrão de sempre: políticos que visam adiar o enfrentamento dos problemas reais, vendendo a falsa ideia de uma ‘vitória diplomática’ enquanto ignoram o cerne da questão institucional brasileira”, escreveu Eduardo Bolsonaro.
Em seguida, o deputado afirmou que a viagem dos senadores é “um gesto de desrespeito à clareza da carta do presidente Trump, que foi explícito ao apontar os caminhos que o Brasil deve percorrer internamente para restaurar a normalidade democrática. Buscar interlocução sem que o país tenha feito sequer o gesto mínimo de retomar suas liberdades fundamentais — como garantir liberdade de expressão e cessar perseguições políticas — é vazio de legitimidade. O constrangimento se agrava com a presença de senadores ligados ao partido de Lula, político que sistematicamente adota posturas hostis aos EUA.”
Ele concluiu: “Reafirmo que não tenho qualquer vínculo com essa iniciativa parlamentar, fadada ao fracasso. Mas confesso até simpatizar com a ideia de que venham: não por acreditar que terão sucesso, mas porque poderão constatar que aquilo que eu e Paulo Figueiredo temos dito — não há sequer início de discussão sem anistia ampla, geral e irrestrita!”
Via Revista Fórum