A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) decidiu, por maioria absoluta, manter a condenação de Warlem da Silva Batista, Leandro Melo Tavares, Edmar Vieira da Silva, Sanderson da Silva Lima e Ueldel Yuri Rodrigues de Melo, acusados de um crime brutal ocorrido em Mâncio Lima, em 2019. O recurso interposto pelos réus foi negado, e todos continuarão cumprindo a pena de 25 anos, 2 meses e 12 dias de prisão, totalizando 126 anos de reclusão em regime fechado.
Os cinco foram condenados pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio e participação em organização criminosa. O caso ganhou grande repercussão pela violência envolvida: na noite de 31 de outubro de 2019, o grupo invadiu uma casa na Rua Nova, no bairro Anselmo Maia, e executou a adolescente Rosiane Silva de Souza, de 14 anos, grávida de sete meses. Ela foi atingida com dois tiros, um deles na cabeça. O alvo do ataque, segundo as investigações, era seu companheiro, Anderson Silva, supostamente ligado a uma facção rival. Ele foi baleado, mas sobreviveu.
De acordo com o inquérito conduzido pelo delegado José Obetânio, da Delegacia Geral de Mâncio Lima, Rosiane foi morta por estar no lugar errado, na hora errada. A jovem foi alvejada ao lado do companheiro, que conseguiu escapar com vida mesmo após ser atingido por dois disparos.
Durante o julgamento, a defesa dos condenados alegou que o veredito contrariava as provas dos autos e pediu a nulidade do julgamento ou a redução das penas. No entanto, o relator do processo votou pelo desprovimento da apelação, sendo acompanhado pela maioria dos desembargadores da Câmara Criminal.
Com a decisão, os condenados seguem detidos no Presídio Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, onde permanecem desde a condenação. O caso segue como um dos crimes mais violentos registrados na região nos últimos anos, marcado pela crueldade e pelas consequências da disputa entre facções criminosas.
