A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner recebeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira (3/7), em sua residência em Buenos Aires. A visita, que exigiu autorização prévia da Justiça argentina, ocorreu paralelamente à agenda oficial do presidente brasileiro na capital portenha, onde participa da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul.
Nas redes sociais, Cristina descreveu o encontro como um gesto simbólico de resistência política. “Lula também foi perseguido, também sofreu lawfare até ser preso, também tentaram silenciá-lo. Não conseguiram. Ele voltou com o voto do povo brasileiro e de cabeça erguida”, escreveu. Para ela, a visita do presidente do Brasil representa um “ato político de solidariedade”.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Brasil assume liderança do Mercosul e promete foco em integração e sustentabilidadeReprodução/Agência Brasil Lula fez discurso contundente e altamente crítico nesta terça-feira (1º/07) durante lançamento do Plano SafraReprodução: YouTube/Canal Gov Lula falou sobre o decreto que eleva a alíquota do IOF em evento sobre dieselReprodução: YouTube/CanalGov Lula e Cristina KirchnerReprodução/Miguel SCHINCARIOL / AFP
Lula discursando no evento em registro da equipe de redes sociais do Governo FederalReprodução: Instagram/Lula
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No mesmo texto, ela aproveitou para criticar duramente o atual presidente Javier Milei e sua condução do país. “Nos custou demais construir a democracia argentina para permitir que agora, passo a passo, a desmontem”, disse.
Cristina ainda ironizou as recentes medidas econômicas do governo libertário. “Com essa onda polar que estamos passando… o que você faz? A única coisa que te ocorre é colocar outro aumento nas contas, mais 6,4%?”, questionou, se referindo à alta nas tarifas. “Tarifas nas alturas, aquecedores desligados, você falando que fez um bom trabalho no Mercosul… e deixou Mar del Plata sem gás”, completou.
Enquanto visitava a ex-presidente, Lula também cumpriu compromissos diplomáticos com outros líderes presentes na cúpula regional. Ele teve reuniões com os presidentes do Paraguai, Santiago Peña; da Bolívia, Luis Arce; do Panamá, José Raúl Mulino; além do ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel. O Brasil assumiu oficialmente a presidência rotativa do Mercosul nesta quinta.
