Luzineuda Almeida, moradora do município de Feijó, vive um drama familiar e pede apoio para ter seus dois filhos de volta. Desesperada, ela contou que perdeu a cabeça após os filhos desaparecerem de casa, em uma área cercada por mata e marcada pela presença de facções criminosas.
“Eu perdi a cabeça esses dias. Moro em um local muito perigoso, cheio de mata. Meus filhos saíram para brincar no meio do mato, e eu fiquei desesperada, sem saber onde eles estavam. Saí feito uma louca atrás deles, com medo de que algo pior acontecesse. Aqui tem facção, tem tudo de ruim, e na hora passou mil coisas pela minha cabeça”, relatou.
Segundo ela, depois de horas procurando, encontrou as crianças e, em um momento de desespero, acabou agredindo os filhos. “Foi um ato de desespero, eu bati neles. No outro dia, eles foram para a escola e o Conselho Tutelar foi buscá-los lá, sem me avisar de nada. Eu tô arrependida. Eu trabalho dia e noite, vendo Natura, vendo verdura, faço de tudo para não faltar nada para meus filhos. Eles são a minha vida, eu não consigo viver sem eles”, desabafou.
Luzineuda alega que, após a intervenção do Conselho Tutelar, as crianças foram separadas: uma ficou com a avó e a outra foi entregue ao pai. Ela diz ainda que não sabe o paradeiro do filho menor. “O Conselho diz que não tem o endereço do pai, que não autorizou ele a levar, mas entregaram meu menino de 7 anos para ele. Não sabemos onde ele está”, afirmou.
Segundo ela, o Ministério Público já se manifestou favorável ao retorno das crianças para a mãe, mas o caso aguarda decisão judicial. “Fui à delegacia, mas disseram que só posso ter meus filhos de volta quando o juiz decidir. A Justiça é muito lenta e eu não aguento mais esperar. Estou muito preocupada com meu menino, ninguém sabe onde ele está”, disse.
Em um áudio, o pai das crianças confirma que Luzineuda nunca teve histórico de violência contra os filhos. “Eu sei que ela nunca foi de fazer isso, mas aconteceu. Eu também não concordo que nossos filhos fiquem em abrigo. Ela não é uma mãe ruim”, disse ele.
O caso expôs falhas no processo de acolhimento e proteção, segundo a mãe e pessoas próximas. Moradores e amigos relatam indignação e cobram rapidez da Justiça para resolver a situação.
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