
O presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), delegado Marcos Frank, afirmou que a fuga de nove detentos ocorrida no dia 19 de junho no Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco, pode ter sido provocada por uma falha no procedimento policial. Nenhum dos fugitivos foi recapturado até o momento.
Durante entrevista ao site ContilNet, o gestor explicou que uma investigação interna identificou indícios de erro operacional por parte da equipe que estava de plantão na unidade. Segundo Frank, ainda não é possível confirmar se houve negligência ou má conduta deliberada.
“A fuga ocorreu às 6h42 da manhã. Na apuração preliminar, verificamos que houve uma falha em procedimento policial. Ainda não sabemos se foi por desídia deliberada ou negligência premeditada”, destacou.
Fuga mais recente foi causada por falta de efetivo, diz presidente
Sobre a fuga mais recente, registrada no dia 19 de julho, quando seis presos conseguiram escapar e apenas um foi recapturado, Frank explicou que o cenário é diferente. De acordo com ele, o problema está diretamente relacionado à falta de efetivo e à desativação de guaritas, que atualmente não estão sendo ocupadas por agentes de segurança.
“Nesse caso, não houve falha de procedimento. A questão é estrutural: algumas guaritas estão desativadas por falta de efetivo. Estamos com concurso em andamento para a contratação de novos policiais penais e aguardamos autorização do governo para dar posse”, afirmou.
Marcos Frank informou que o Iapen já adotou medidas para reforçar a segurança no complexo, incluindo a realocação de servidores e a revisão de rotinas de vigilância. A corregedoria do Iapen segue investigando a responsabilidade pela fuga de junho e deve concluir se houve falha individual ou falha sistêmica nos protocolos de segurança.