Clebson Ferreira de Paula Vieira, analista do Ministério da Justiça, relatou em seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) que durante o governo Bolsonaro, foi solicitado a ele um levantamento de dados que pudesse associar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma facção criminosa.
A revelação, feita nesta segunda-feira (14/7) em depoimento na Corte, faz parte das investigações da trama golpista, que apura ações antidemocráticas após a eleição de Lula em 2022, a chamada “trama golpista”. Clebson é uma das testemunhas da acusação que são ouvidas no inquérito.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Supremo Tribunal Federal (STF)Foto: Fellipe Sampaio/STF Luiz Inácio Lula da Silva (PT)Reprodução: © Marcelo Camargo/Agência Brasil
Reprodução/ “Esse país vai ter pela primeira vez um presidente sendo eleito 4 vezes”, diz LulaReprodução/Canal Gov Supremo Tribunal FederalReprodução Lula fez discurso contundente e altamente crítico nesta terça-feira (1º/07) durante lançamento do Plano SafraReprodução: YouTube/Canal Gov
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Em depoimento, Clebson afirma que a ideia era produzir uma narrativa que justificasse medidas extremas contra Lula, dando aparência de legalidade à trama. A tentativa de fabricar esse elo com o crime organizado seria usada para enfraquecer politicamente o então presidente eleito.
De acordo com a testemunha, um pedido para a elaboração de um relatório com os municípios em que Lula seria vitorioso com aproximadamente 75% dos votos também foi encaminhado para ele: “Onde Lula tinha mais de 75% houve uma pressão nas adjacências de trânsito, não só nas cidades, mas nas circunvizinhas”, destaca.
Segundo o analista, houve uma solicitação da subsecretaria de inteligência para produzir um estudo que relacionasse o desempenho eleitoral de Lula em territórios sob influência de organizações criminosas, especialmente em locais associados ao Comando Vermelho (CV).