
Horas depois de um terremoto devastador de magnitude 8,8 atingir a península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, o vulcão Klyuchevskoy, o mais alto da Eurásia, entrou em erupção, lançando lava incandescente e uma coluna de cinzas no céu. A atividade vulcânica foi confirmada pelo Serviço Geofísico da Academia Russa de Ciências, que monitora constantemente a região.
A erupção começou com forte brilho visível no cume, seguido por explosões e o surgimento de um fluxo de lava que desceu pela encosta oeste do vulcão. A nuvem de cinzas chegou a cerca de 3 mil metros de altura e se espalhou por mais de 50 quilômetros no sentido leste, segundo relatos das autoridades russas.

O Klyuchevskoy, que tem mais de 4.800 metros de altitude, é considerado o vulcão mais ativo da península e já registrou mais de 60 erupções nos últimos cem anos. A fase atual de atividade, iniciada em abril de 2025, se intensificou após o forte abalo sísmico registrado nesta terça-feira (30), que também provocou alertas de tsunami em diversos países banhados pelo Pacífico.
De acordo com especialistas, o terremoto teve epicentro a cerca de 120 km a sudeste da cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky e foi o mais forte registrado na região desde 1952. Apesar da intensidade, não houve relatos de mortes ou feridos graves até o momento, embora a população tenha relatado pânico e correria durante os tremores.
As autoridades locais decretaram estado de emergência em algumas áreas, evacuaram mais de duas mil pessoas e interditaram regiões turísticas próximas a outros vulcões da península, como Gorely e Mutnovsky. O temor é de que novos tremores possam intensificar a atividade sísmica e provocar novas erupções vulcânicas.
A sequência de eventos reacendeu o alerta para os riscos naturais na chamada “Anel de Fogo do Pacífico”, região de intensa atividade sísmica e vulcânica.







