9 dezembro 2025

Acre, Amazonas e Rondônia firmam acordo para proteger status de zona livre de febre aftosa sem vacinação

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Termo prevê adoção de estratégias conjuntas de vigilância e fiscalização. Foto: Alice Leão/Secom

Os estados do Acre, Amazonas e Rondônia assinaram, nesta quinta-feira (7), em Rio Branco, um termo de cooperação técnica para fortalecer a vigilância e garantir a manutenção do status de zona livre de febre aftosa sem vacinação. O acordo foi firmado no auditório do Idaf com a presença do coordenador-geral de Planejamento em Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Geraldo Marcos de Moraes.

O principal objetivo é criar um plano de contingência conjunto para atuar com rapidez e eficiência em caso de surgimento da doença. O foco é especialmente nas áreas de tríplice fronteira entre os três estados, que exigem ações integradas de fiscalização e resposta rápida.

A ação faz parte das diretrizes do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), do Mapa, que busca erradicar a doença em todo o país. O Acre recebeu o reconhecimento internacional como área livre da febre aftosa sem vacinação em 27 de maio de 2021, e desde então vem mantendo um intenso trabalho de vigilância e educação sanitária para proteger os rebanhos.

Cooperação entre os estados consolida confiança nos sistemas de controle sanitário. Foto: Alice Leão/Secom

O presidente do Idaf, José Francisco Thum, destacou que esse avanço é fruto de um trabalho sério e contínuo: “Vamos seguir firmes, com responsabilidade e união, para que a agropecuária do Acre continue sendo referência”, afirmou. Já o superintendente do Mapa no Acre, Paulo Trindade, lembrou que o investimento em estrutura e pessoal fortalece toda a cadeia produtiva.

Representando Rondônia, o presidente da Idaron, Júlio César Peres, reforçou a importância da cooperação entre os estados para manter o reconhecimento internacional. “Com a entrada do Amazonas, o Norte segue unido. Precisamos continuar trocando informações e atuando em conjunto”, disse.

O reconhecimento como zona livre de febre aftosa sem vacinação para todo o Brasil foi concedido em maio deste ano pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa). Isso abre novas portas para o mercado de carnes brasileiro, já que muitos países só importam de regiões com esse status sanitário. Mas também aumenta a responsabilidade sobre a vigilância e o controle da doença.

Termo amplia credibilidade do país perante o mercado internacional de carnes. Foto Alice Leão/Idaf

Segundo o presidente da Adaf (Amazonas), José Augusto Omena, o reconhecimento é uma conquista importante: “Recebemos o documento que chancela esse status no final de julho. Agora, com esse termo de cooperação, teremos mais segurança para nossos rebanhos e mostramos ao mundo o compromisso com a saúde animal”, declarou.

Para o representante do Mapa, Geraldo Marcos de Moraes, a cooperação entre os estados é essencial para proteger um patrimônio sanitário que beneficia milhares de produtores e movimenta a economia da região. Ele também destacou que esse status pode significar economia para produtores e governos, já que a vacinação deixa de ser necessária.

O acordo entre Idaf, Idaron e Adaf inclui ações conjuntas, protocolos unificados para emergências sanitárias e reuniões periódicas para avaliar os resultados e atualizar o plano de contingência conforme o cenário evoluir.

Via Agência Brasil.

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