
Segundo o delegado Aldizio Neto, titular da Delegacia de Capixaba, ao tomar conhecimento do caso, uma equipe de agentes civis, com apoio da Polícia Militar, se deslocou até o local. No entanto, por se tratar de território boliviano, a equipe foi impedida de avançar pelo Exército da Bolívia. Diante da situação, o delegado acionou as autoridades bolivianas da Vila Evo Morales, em Plácido de Castro, que enviaram uma equipe policial para acompanhar a operação.
O crime teria ocorrido em uma colônia de propriedade de um brasileiro. As primeiras informações indicam que houve uma reunião entre criminosos foragidos, mas um desentendimento terminou em massacre. Cinco pessoas teriam sido executadas e os corpos queimados junto com a casa. Quando os policiais conseguiram acesso à área, encontraram um cenário de destruição. Segundo o delegado, porcos da propriedade estavam devorando os restos mortais das vítimas.

Os restos mortais encontrados foram recolhidos, colocados em sacos e levados para a delegacia de Capixaba. Uma equipe do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) foi acionada e encaminhou os materiais para o Instituto Médico Legal (IML) de Rio Branco, onde passarão por exames de DNA para identificação.
O delegado Aldizio Neto destacou a complexidade do caso, já que o crime ocorreu em território estrangeiro. “Mesmo que os autores sejam identificados, dificilmente serão responsabilizados judicialmente, pois a falta de provas concretas e a limitação de atuação das nossas forças de segurança na Bolívia dificultam qualquer ação legal”, afirmou.
As autoridades também alertam que a Vila Mapajo tem servido de refúgio para foragidos da justiça brasileira, mas, por estar em território boliviano, as polícias brasileiras não podem cumprir mandados de prisão na região, o que contribui para a impunidade de diversos crimes.
O crime está sendo investigado pelas autoridades locais






