A deputada Federal Júlia Zanatta (PL-SC) deve responder ao Conselho Tutelar porque levou um bebê ao plenário da Câmara dos Deputados em meio às manifestações pró-Bolsonaro, que ocorreram nos últimos dois dias, em Brasília. Na quarta-feira (6/8), Zanatta entrou no plenário segurando uma criança no momento em que a mesa diretora estava sendo ocupada por deputados de oposição, em protesto contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A deputada fez vídeo com o bebê sentada, inclusive, na cadeira da presidência da Câmara dos Deputados e disse que ela era um “escudo humano”.
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Em um vídeo postado nas redes sociais, Zanatta descreve o clima de tensão no plenário da Casa.
“Estamos aqui sentadas, eu e a Olívia, na cadeira do presidente da Casa. Tem um monte de polícia legislativa aqui. Já teve rumores que vão soltar gases aqui”, descreveu.
As imagens da parlamentar com a criança no colo circularam as redes sociais e, logo após, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial, da Câmara, deputado Reimont (PT-RJ), acionou o Conselho Tutelar contra a deputada Júlia Zanatta. Ele solicitou ao Conselho apuração da conduta da deputada que, no entendimento de Reimont, colocou uma criança “em exposição indevida de risco”.
“Tal conduta suscita sérias preocupações quanto à segurança da criança”, alertou Reimont.
Em seu perfil no X, Júlia Zanatta respondeu as críticas dizendo que “os que estão atacando minha bebê não estão preocupados com integridade da criança”, e classificou a atitude do deputado petista de discriminação de gênero.
“Eles querem é inviabilizar o exercício profissional de uma mulher usando uma criança como escudo. Canalhas!”, retrucou.
