Na última terça-feira (5/8), o chefe de missão da embaixada do Paquistão, Irfan Ullah Khan, e o adido de defesa Tariq Naeem Athar receberam um grupo seleto de convidados para um almoço em ocasião do Dia da Exploração. O encontro, realizado no Lago Sul, teve o intuito de refletir, junto à mídia, sobre o prolongado conflito na Caxemira, relembrar os episódios vividos pelo povo e apelar à comunidade internacional, às Nações Unidas e às organizações de direitos humanos para que garantam que a situação não passe despercebida.
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Entenda
- De acordo com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Índia controla 55% do território da Caxemira, enquanto o Paquistão, 30%. Já a China possui 15% dessa área;
- A guerra na região se propagou com o fim do período colonial. À época, a Inglaterra exercia o controle, desde o século 17, sobre a então chamada Índias britânicas, que abrangiam o atual território do Paquistão, da Índia e de Bangladesh;
- Em 1946, a Grã Bretanha anunciou que concederia a independência ao país indiano. No entanto, decidiu dividir a região pelo critério étnico-religioso. Cria-se, então, um Estado de maioria muçulmana (Paquistão) e, outro, de maioria hindu (Índia). Nesse contexto, as comunidades hindus e muçulmanas estavam espalhadas por toda a Índia, tornando o conflito inevitável;
- Na repartição, a região da Caxemira, da qual a maioria é de mulçumanos, ficou sob administração da Índia. A partir disso, se tornou um dos alvos de disputa entre os dois países;
- Em 2003, a Índia e o Paquistão concordaram com um cessar-fogo, mas não demorou muito para outra decisão política dos dirigentes indianos criar um revés para o povo caxemire, conforme pontuou o embaixador do Paquistão em Brasília, Murad Ashraf Janjua, à coluna, em 2024;
- A medida foi fixada em 5 de agosto de 2019, quando o governo da Índia revogou unilateralmente os artigos 370 e 35A de sua Constituição, tornando a situação ainda mais desafiadora. Para o embaixador, a decisão “não apenas anulou o status especial da região, mas também abriu as portas para mudanças demográficas e para a imposição de leis que alteram a estrutura cultural e social da Caxemira”;
- A revogação do status especial da Caxemira, portanto, ficou marcada como Yaum-e-Istehsal, ou Dia da Exploração.
Solidariedade
Em discurso, o chefe de missão da embaixada do Paquistão, Irfan Ullah Khan, destacou que o povo caxemire está sitiado há mais de sete décadas e está “clamando e exigindo o direito à autodeterminação”.
“Essa demanda e esse direito à autodeterminação não são algo que surge de sua livre vontade, de sua própria mente. É algo que lhes foi garantido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, nada menos que 17 resoluções diferentes”, abordou.

Já o adido de defesa Tariq Naeem Athar, em momento de fala, reforçou que o Yaum-e-Istehsal é um dia “que ressoa profundamente com todos os caxemires e com todos aqueles que acreditam na justiça, na paz e na dignidade humana”.
“Hoje, lembramos as inúmeras vidas afetadas pelas decisões ilegais e injustas tomadas em 5 de agosto, que revogaram o status especial de Jammu e Caxemira. E nos solidarizamos com o povo da Caxemira, que continua a suportar dificuldades inimagináveis diante da opressão”, disse.

Veja como foi o encontro:









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