14 novembro 2025

Especialista avalia impacto da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro na sua imagem política

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O analista de comunicação e marketing político Marcelo Vitorino avalia que a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira (4/8), pode gerar uma mobilização significativa entre seus apoiadores. A decisão ocorreu após Moraes apontar que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares ao utilizar redes sociais de aliados e familiares para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

Segundo Vitorino, a reação à medida pode ser mais intensa que a registrada em 2018, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi preso. “Quando Lula foi preso, muita gente acreditou que o Brasil pararia, mas a mobilização foi muito menor do que se esperava. No caso de Bolsonaro, acredito que haverá uma reação maior, resultado do trabalho consistente de seus apoiadores para controlar a narrativa e reforçar a imagem de um líder injustiçado”, afirmou.

Veja as fotosAbrir em tela cheia O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está cumprindo prisão domiciliarReprodução: Internet Jair Bolsonaro (PL)Foto: Antonio Augusto/STF Moraes dá 24h para Bolsonaro explicar violação de medidas e alerta sobre risco de prisãoReprodução/Agência Brasil O ex-presidente Jair BolsonaroPortal LeoDias Casa de Jair Bolsonaro em Brasília, vista pelo Google MapsReprodução/Google

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O especialista destaca que Bolsonaro poderia ter fortalecido sua base de apoio com outras estratégias políticas ao longo de sua trajetória recente. “Ele poderia ter adotado uma postura mais firme diante de Alexandre de Moraes, permanecido no país após a derrota eleitoral e se manifestado com mais clareza em apoio às pessoas que se mobilizaram em sua defesa. Lula, por exemplo, enfrentou Sérgio Moro diretamente, o que manteve parte de sua militância ativa”, explicou.

Para Vitorino, o impacto político da prisão domiciliar vai depender das ações que Bolsonaro tomar nos próximos dias. “Se ele, por exemplo, se pronunciasse pedindo ao presidente Donald Trump que não sancionasse o Brasil, mesmo alegando perseguição judicial, isso poderia somar pontos relevantes à sua popularidade e ampliar o alcance da narrativa que seus aliados vêm trabalhando”, concluiu.

 

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