O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o governo brasileiro vai divulgar nesta quarta-feira (13/8) um conjunto de ações para socorrer exportadores atingidos pela alta tarifária de 50% imposta pelos Estados Unidos a vários produtos nacionais. A medida pretende suavizar os impactos econômicos da sobretaxa enquanto o país busca um caminho para resolver o conflito comercial.
Embora o presidente Lula tenha planejado assinar a medida provisória na terça-feira (12/8), ele optou por fazer o anúncio oficial um dia depois, quando haverá uma coletiva detalhando os valores e procedimentos. Segundo Haddad, o texto está completamente finalizado e o pacote foi elaborado em conjunto com os ministérios da Fazenda, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Relações Exteriores.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Fernando Haddad em entrevista à rádio ItatiaiaReprodução: YouTube/Itatiaia Presidente Lula e Ministro da Fazenda, Fernando HaddadFoto: Wilton Júnior/Estadão Fernando HaddadReprodução: Redes Sociais O presidente Donald TrumpReprodução: CNN Fernando HaddadReprodução: GloboNews
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Entre as iniciativas previstas estão a concessão de linhas de crédito para empresas afetadas, o adiamento de tributos federais por até dois meses e a compra emergencial de estoques de produtos perecíveis, como peixes, frutas e mel; produtos que têm acumulado nas cadeias produtivas desde o anúncio americano.
A sobretaxa, anunciada em julho, afeta setores como aço, alumínio, etanol e itens agrícolas, e é uma das maiores restrições já impostas aos produtos brasileiros pelos Estados Unidos. Empresários nacionais manifestaram preocupação com a perda de competitividade e a consequente queda nas exportações para o principal parceiro comercial do Brasil.
Para financiar as medidas, o governo abrirá um crédito extraordinário que ficará fora do limite habitual de despesas, mas contabilizado na meta fiscal, que prevê déficit zero para 2025. Haddad destacou que o pacote tenta atender às demandas dos setores mais prejudicados, mas não descarta a necessidade de novas ações, dependendo da evolução da situação.
Desde que a tarifa entrou em vigor no dia 6, o governo enfrenta pressões para acelerar as respostas. Já há relatos de demissões, investimentos suspensos e dificuldades para redirecionar mercadorias que estavam destinadas ao mercado norte-americano. A expectativa é que o anúncio desta quarta-feira traga um fôlego para o setor exportador, mantendo empregos e renda.






