6 dezembro 2025

Facção impõe transporte por aplicativo e lucra milhões com monopólio no Rio

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta sexta-feira (8/8), a Operação Rota das Sombras, para encerrar um esquema de transporte ilegal comandado por uma facção criminosa na comunidade da Vila Kennedy, em Bangu, Zona Oeste da capital. O grupo criou seu próprio aplicativo, o Rotax Mobili, proibindo o funcionamento de serviços regulares como Uber e 99 e impondo sua plataforma a motoristas e passageiros.

Segundo as investigações conduzidas pela 34ª Delegacia de Polícia de Bangu, o sistema funcionava há cerca de três meses e gerava até R$ 1 milhão por mês. Todo o valor era repassado ao chefe do tráfico local. Para mascarar as transações, empresas de fachada eram usadas, conferindo aparência de legalidade à operação.

Veja as fotosAbrir em tela cheia O nome do aplicativo é Rotax MobiliReprodução: Internet Aplicativo comandado pelo tráfico no RioReprodução: Internet Polícia Civil do Rio de JaneiroReprodução: Polícia Civil/RJ Vila Kennedy, bairro no Rio de JaneiroFoto: Alexandre Cassiano/Agência O Globo Passageiro de uber finge ser agredido durante corrida após desentendimento com motorista

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O controle era dividido em duas frentes: Um núcleo cuidava da coerção e extorsão de mototaxistas, obrigando-os a aderir ao aplicativo; o outro, da administração do dinheiro. Ao menos 300 condutores estavam cadastrados. Áudios obtidos pelos investigadores mostram as ameaças: Quem não baixasse o aplicativo seria impedido de trabalhar.

O slogan do Rotax Mobili deixava clara a atuação sob domínio armado, com um anúncio dizendo: “O único aplicativo de viagens de carro e moto que passa pela barricada e te deixa na porta de casa”. Na prática, a facção estabeleceu um monopólio do transporte, explorando financeiramente os moradores e eliminando qualquer concorrência.

Durante o cumprimento de sete mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão na capital, em Niterói e no interior, cinco suspeitos foram presos. A polícia também apreendeu R$ 300 mil em espécie e uma BMW blindada pertencente a um dos alvos.

Autoridades destacam que a ofensiva faz parte de uma estratégia mais ampla para asfixiar financeiramente facções criminosas, ampliada com operações contra provedores de internet ilegais, ferros-velhos clandestinos e outras atividades usadas pelo tráfico para gerar receita.

A Vila Kennedy, hoje formalmente reconhecida como bairro e com cerca de 20 mil moradores, é considerada reduto da maior facção do estado.

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