O Poder Judiciário do Estado do Ceará concedeu medidas protetivas de urgência contra o jogador David Luiz , após o pedido de Karol Cavalcante, que relatou ter sido vítima de perseguição, ameaças e tentativa de chantagem após ter um caso com o atleta em julho. Segundo informações apuradas com exclusividade pelo Portal LeoDias, a decisão contra ele, que corre em segredo de justiça, foi dada na última quarta-feira (27/08).
A reportagem descobriu que Karol registrou um Boletim de Ocorrência pedindo proteção com base na Lei Maria da Penha. Após análise, a Justiça considerou a necessidade de resguardar a sua integridade física e psicológica, diante dos indícios dos crimes de ameaça e perseguição. Nos relatos apresentados, ela reproduziu as informações que deu em entrevista a este portal: que manteve um relacionamento com David Luiz e que o conheceu quando ele estava contratado pelo Fortaleza Esporte Clube.
Veja as fotosAbrir em tela cheia David Luiz é jogador do Pafos, do ChipreReprodução/Instagram: @davidluiz23 David Luiz com a camisa da Seleção BrasileiraReprodução/Instagram: @DavidLuiz David Luiz levanta a Europa League com o ChelseaReprodução/Instagram: @DavidLuiz Reprodução/Instagram: @davidluiz23 @kaarollc_ Reprodução/Instagram: @davidluiz23 @kaarollc_
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No mesmo mês, eles se encontraram pela primeira vez em Fortaleza, hospedando-se em um hotel da capital cearense. Karol declarou que o relacionamento durou cerca de um mês, incluindo videochamadas. No entanto, após recusar a proposta de participar de um “trisal” sugerido pelo jogador, teria passado a sofrer perseguições e ameaças. Nos autos, consta que David Luiz teria enviado mensagens afirmando que poderia divulgar vídeos íntimos, ameaçando expor a vítima caso ela não aceitasse suas condições.
Segundo as informações obtidas pela reportagem, David Luiz também teria oferecido R$ 100 mil para evitar a divulgação de informações, além de enviar mensagens aleatórias com referências à localização da vítima, demonstrando saber onde ela estava hospedada. Em outro momento, ele teria feito alusões ao caso Elisa Samudio, sugerindo que a mulher poderia desaparecer. Os relatos ainda apontam que ele a seguiu em Fortaleza e continuou enviando mensagens, mesmo após o fim da relação.
Quais foram as medidas protetivas?
Diante da gravidade dos fatos narrados, a Justiça determinou quatro medidas protetivas: Proibição de aproximação da vítima, fixando o limite de 100 metros de distância; proibição de contato por qualquer meio de comunicação; proibição de frequentar a residência e local de trabalho da vítima e proibição de divulgar a imagem ou informações da vítima em redes sociais, aplicativos ou ambientes virtuais.
A decisão também estabelece que o descumprimento das medidas poderá resultar em prisão preventiva e enquadramento no crime de Descumprimento de Medida Protetiva de Urgência (art. 24-A da Lei Maria da Penha), cuja pena varia de 2 a 5 anos de prisão, além de multa.
O caso será acompanhado pelo Grupo de Apoio às Vítimas de Violência (GAVV) da Polícia Militar, que disponibiliza atendimento 24 horas. Karol e David Luiz deverão manter o juízo informado sobre qualquer alteração de telefone ou endereço. As medidas têm validade até decisão contrária, mas serão reavaliadas em quatro meses, prazo em que a Justiça poderá decidir pela manutenção ou revogação.
O Portal LeoDias entrou em contato com Karol Cavalcante, que preferiu não se manifestar. A assessoria de David Luiz não respondeu até o fechamento desta reportagem.
