Uma das maiores ações conjuntas já realizadas no país foi deflagrada nesta quinta-feira (28/8) contra uma rede criminosa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A força-tarefa envolve o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Ministério Público Federal e as polícias Federal, Civil e Militar, além de outros órgãos, e cumpriu mandados em oito estados: São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. O objetivo é desarticular um esquema que inclui adulteração de combustíveis, lavagem de dinheiro e fraudes fiscais, ambientais e econômicas.
Após a operação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou pelas redes sociais e classificou a ação como histórica. “A população assistiu hoje à maior resposta do Estado brasileiro ao crime organizado de nossa história até aqui”, afirmou. Ele disse que a prioridade do governo é combater a lavagem de dinheiro e garantir um mercado justo para os consumidores. “Nosso compromisso é cortar o fluxo de dinheiro ilícito, recuperar recursos para os cofres públicos e assegurar um mercado de combustíveis justo e transparente, com qualidade e concorrência leal. Seguiremos atuando com coordenação e seriedade para dar segurança às pessoas e estabilidade à economia”, completou.
Veja as fotosAbrir em tela cheia “Maior resposta do Estado ao crime organizado”, diz Lula sobre megaoperação contra PCCReprodução/X Lula apresenta novo slogan do governo em reunião com ministrosReprodução: Agência Brasil “Não vamos chorar se EUA não quiser comprar”, diz Lula sobre exportaçõesReprodução: Canal Gov Lula diz que salário de R$ 46 mil “não é muito” e critica sistema tributário atualReprodução/Agência Brasil Internet Reprodução Foto: Agência Gov
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As investigações apontam que a organização criminosa movimentava cifras bilionárias e contava com a infiltração de integrantes da facção em setores estratégicos da economia. A ofensiva foi dividida em três operações: a Quasar, focada na desarticulação de esquemas de lavagem de dinheiro com impacto financeiro; a Tank, destinada a desmontar uma das maiores redes de lavagem já identificadas no Paraná; e a Carbono Oculto, que investiga um esquema bilionário de fraudes no setor de combustíveis com envolvimento de membros do PCC.
Em coletiva, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, detalhou os números da operação até o momento: 14 mandados de busca e apreensão, 14 mandados de prisão preventiva (com cinco pessoas já presas), sequestro judicial de 1.500 veículos, apreensão de 192 imóveis e duas embarcações, bloqueio superior a R$ 1 bilhão, bloqueio de 21 fundos fechados de investimento, além de medidas envolvendo 41 pessoas físicas e 255 jurídicas. Também foram apreendidos mais de R$ 300 mil em espécie e 141 veículos recolhidos.
Segundo Rodrigues, as investigações identificaram empresas de fachada, fracionamento de depósitos, contas-bolsão, adulteração de combustíveis e falsidade ideológica. “Encontramos lavagem de dinheiro em larga escala, organização criminosa e fraude na venda de combustíveis”, afirmou.