Na reabertura dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal (STF), os ministros deixaram claro que a Corte seguirá vigilante na defesa da soberania nacional e do Estado Democrático de Direito. Em sua fala, o ministro Alexandre de Moraes foi direto ao abordar o cenário político atual. Segundo ele, “as tentativas golpistas continuam, com a finalidade ilícita de favorecer interesses pessoais” — uma crítica velada, mas de clara direção.
Moraes também se posicionou sobre as sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra autoridades brasileiras, classificando-as como irrelevantes. “Serão solenemente ignoradas”, afirmou, reforçando a posição do Judiciário de não aceitar interferências externas nas instituições do país.
O ministro Gilmar Mendes, por sua vez, adotou um tom mais ácido ao comentar o episódio. Sem citar nomes, apontou como “baixaria internacional” a tentativa de deslegitimar o sistema de Justiça brasileiro. “Chamar de lesa-pátria é pouco diante da articulação promovida para atacar as instituições em favor de interesses pessoais”, afirmou, em uma referência direta à atuação do deputado Eduardo Bolsonaro na tentativa de pressionar órgãos estrangeiros contra autoridades nacionais.
A movimentação internacional, vista por integrantes do STF como uma tentativa de enfraquecer o Judiciário e livrar aliados de responsabilidade, foi duramente criticada. “Tentam vender ao mundo uma narrativa mentirosa enquanto sabotam o próprio país”, disse um ministro em reservado.
Apesar da escalada de ataques, a mensagem transmitida pelo Supremo foi clara: o Brasil já amadureceu politicamente e a sociedade sabe distinguir quem defende a democracia daqueles que tentam subvertê-la em benefício próprio.







