O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que não vai recuar em seus julgamentos e condutas referentes ao processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, na Corte. A fala do ministro foi registrada em entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post e publicada nesta segunda-feira (18/8). Apesar das sanções aplicadas pelo governo de Donald Trump, Moraes se coloca firme e rechaça qualquer possibilidade de recuo na condução dos processos dos atos golpistas.
”Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas, e quem deve ser condenado será condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido”, disse ao Washington Post. O ministro ainda afirmou que “não existe a menor possibilidade de recuar nem milímetro sequer”.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Alexandre MoraesReprodução: TV Justiça Oposição x Alexandre de Moraes como funciona o impeachment de um ministro do STFReprodução/Portal LeoDias Foto: Igo Estrela/Metrópoles Alexandre de Moraes posa para revista americana “The New Yorker”Reprodução: Instagram
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O jornal classifica Moraes como “xerife da Democracia” e ressalta que as medidas por ele determinadas contra Bolsonaro, e de sanções ao X, rede social de Elon Musk, foram notícias que tiveram muita atenção no mundo, principalmente nos Estados Unidos.
“Entendo que, para uma cultura americana, seja mais difícil compreender a fragilidade da democracia porque nunca houve um golpe lá”, disse o ministro.
Sobre as críticas que recebe dos aliados de Jair Bolsonaro, em relação à condução dos processos dos atos golpistas, Alexandre de Moraes afirmou que são mentiras e servem, apenas, para envenenar a relação entre Brasil e os EUA.
“Essas narrativas falsas acabaram envenenando o relacionamento. Narrativas falsas sustentadas pela desinformação disseminada por essas pessoas nas redes sociais. Então, o que precisamos fazer, é o que o Brasil está fazendo, é esclarecer as coisas”, completou.
Sobre a sua inclusão na Lei Magnitsky pelos EUA, Alexandre de Moraes confessou que não é nada agradável, mas não vai recuar de suas condutas por conta disso.
“É agradável passar por isso? Claro que não é agradável. Enquanto houver necessidade, a investigação continuará”, concluiu.