5 dezembro 2025

Moto parcelada custa mais de 90 rotas por mês e pressiona entregador

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O mundo do delivery carrega em sua órbita uma série de serviços e produtos disponíveis para os entregadores. Nada é de graça e quem deseja entrar no jogo acaba gastando muitas vezes o que ainda não tem para pilotar uma moto ou bicicleta, além de adquirir vestuário e até a própria bag para fazer as entregas.

A exemplo de instituições financeiras que oferecem “crédito para negativado”, existem startups que não consultam o CPF do entregador interessado em alugar uma moto. Dependendo do plano, o veículo pode até passar para o nome do interessado ao final de um contrato de três anos.

39 imagensEntregadores em frente ao SP Market, em São PauloEntregador na Avenida Paulista, em São PauloTenda de apoio do iFood no Tucuruvi, na zona norte de São PauloEntregador em frente ao SP Market, em São PauloEntregadores em frente ao SP Market, em São PauloFechar modal.1 de 39

Motoboys em semáforo no Campo Limpo, na zona sul de SP

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Entregadores em frente ao SP Market, em São Paulo

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Entregador na Avenida Paulista, em São Paulo

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Tenda de apoio do iFood no Tucuruvi, na zona norte de São Paulo

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Entregador em frente ao SP Market, em São Paulo

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Entregadores em frente ao SP Market, em São Paulo

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Ponto de apoio improvisado em frente ao SP Market – Metrópoles

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Local de retirada de produtos do iFood, na Rua Conceição de Monte Alegre, no Brooklin, em São Paulo

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Ponto de apoio a entregadores de uma dark kitchen, na Rua Guararapes, no Brooklin, na zona sul de São Paulo

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Ponto de apoio a entregadores do iFood, no Tatuapé na zona leste de São Paulo

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Moto do lado de fora do Shopping Anália Franco, na zona leste de SP

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Motos do lado de fora do Shopping Campo Limpo, na zona sul de SP

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Ponto de apoio do iFood em Moema, na zona sul de SP

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Entregador cruza ciclopassarela no Rio Pinheiros, na zona oeste de SP

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Entregador cruza ciclopassarela no Rio Pinheiros, na zona oeste de SP

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Entregador durante a pausa em ponto de apoio de dark kitchen, na Rua Clélia, na Lapa, zona oeste de SP

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Ponto de apoio de dark kitchen, na Rua Clélia, na Lapa, zona oeste de SP

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Entregador na Avenida Paulista, em São Paulo

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Entregadores no Shopping Santa Cruz, na Vila Mariana, em São Paulo

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Aviso de fechamento de ponto de apoio no Itaim Bibi, em São Paulo

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Ponto de apoio no Itaim Bibi, na zona oeste de SP

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Mochila de entregador do iFood, em São Paulo

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Bicicleta elétrica durante recarga na zona sul de São Paulo

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Policiais militares aplicam multa em entregadores ao lado do Shopping Pátio Paulista, em São Paulo

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Motoboys na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo

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Bicicleta de entregador presa em árvore em frente ao Shopping Pátio Paulista, em São Paulo

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Entregador do Ifood em São Paulo

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Bicicleta e bag do Ifood em lanchonete da zona norte de São Paulo

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Motoboys na zona norte de São Paulo

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Motogirl em lanchonete na zona norte de São Paulo

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Casal Joilton e Claudete no Center Norte, em São Paulo

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Entregadores em lanchonete em São Paulo

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Tenda de apoio na zona norte de São Paulo

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Repórter William Cardoso durante entrega em São Paulo

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Repórter William Cardoso durante entrega em São Paulo

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Repórter William Cardoso durante entrega em São Paulo

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Repórter William Cardoso durante entrega em São Paulo

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Repórter William Cardoso durante entrega em São Paulo

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Repórter William Cardoso durante entrega em São Paulo

Arquivo Pessoal/William Cardoso

Uma das empresas oferece uma moto 110 cilindradas, zero quilômetro, por uma mensalidade de R$ 690, em um plano de 36 meses. O valor equivale a 92 entregas pela taxa básica de R$ 7,50 em um mês.

Para pegar o veículo, é preciso fazer um pagamento inicial de R$ 1.000. Ou seja, ao final dos três anos, o entregador terá desembolsado quase R$ 25 mil. À vista, o mesmo modelo custa em qualquer loja cerca de R$ 10 mil.

Algumas das vantagens são o fato de já vir emplacada, com licenciamento e impostos inclusos. Mas a manutenção é por conta de quem alugou. Há também relatos de quem perdeu a moto após três dias de atraso no pagamento da mensalidade.

O Metrópoles conversou com motoboys que passam facilmente dos 1.000 km rodados por semana em São Paulo. Nessa toada, ao final dos três anos de contrato, o entregador vai ter em mãos para chamar de seu um veículo com mais de 150 mil quilômetros de uso.

Para bicicletas, há plano de R$ 32 por semana, com a permissão para realizar até duas viagens de 4 horas cada por dia.

A reportagem conversou com entregadores que optaram por transformar bicicletas comuns em elétricas, por meio de um kit completo que custa em torno de R$ 4.500. A bike elétrica pode ser uma mão na roda ao encarar as ladeiras paulistanas.

Mas para ter esse conforto, seriam necessárias mais de 640 entregas com a tarifa básica de R$ 7 — se fizer 10 entregas por dia, o entregador precisaria trabalhar mais de dois meses seguidos, ininterruptamente, só para bancar essa transformação.

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