A mulher de 35 anos brutalmente agredida no dia 26 de julho passou por uma cirurgia de reconstrução facial nesta sexta-feira (1º), no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), em Natal. O procedimento, inicialmente previsto para durar três horas, se estendeu por mais de sete devido à gravidade das múltiplas fraturas causadas pela violência sofrida.
De acordo com o hospital, a intervenção transcorreu de forma segura e seguiu o planejamento cirúrgico previamente definido. O objetivo principal da cirurgia foi restaurar a estética e a funcionalidade do rosto da vítima.
A operação, chamada osteossíntese, foi realizada por uma equipe especializada em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial, com apoio de anestesistas e profissionais de enfermagem. Durante o procedimento, foram utilizadas miniplacas, miniparafusos e placas mais rígidas para estabilizar as fraturas e garantir a fixação adequada do esqueleto facial.
Segundo o cirurgião-dentista responsável, Kerlison Paulino de Oliveira, a equipe enfrentou dificuldades técnicas devido à complexidade e dispersão das fraturas, o que exigiu maior tempo de operação. “Tivemos que abordar fragmentos muito difíceis de serem fixados no local correto. Havia fraturas em diferentes regiões da face, o que aumentou a complexidade do procedimento”, explicou.
A paciente, que apresentava fratura do complexo zigomático-orbitário e do côndilo mandibular, segue internada no Huol sob cuidados pós-operatórios. O hospital informou que a previsão de alta é de dois dias, podendo variar conforme a evolução clínica.
Apesar da boa resposta inicial ao tratamento médico, a equipe médica ressalta que há possibilidade de sequelas, dada a gravidade dos ferimentos. A paciente continuará sendo acompanhada por uma equipe multidisciplinar durante o processo de recuperação








