O embate político entre Guilherme Boulos (PSOL/SP) e Nikolas Ferreira (PL/MG) ganhou um novo capítulo durante um debate transmitido pela CNN Brasil nesta última quinta-feira (28/8). Os dois deputados participaram de um confronto ao vivo a respeito do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) e da recente megaoperação da Polícia Federal (PF) contra o crime organizado, que revelou movimentações bilionárias ligadas ao setor de combustíveis.
Em um determinado momento do debate, o parlamentar mineiro classificou como “muito séria” a tentativa de associá-lo a facções criminosas por causa de um vídeo antigo sobre o Pix e afirmou que levará as declarações do adversário aos tribunais. “Você acusar um deputado de ter uma relação ou ter ajudado o crime organizado é algo muito sério. As suas risadas, como diria o Olavo – depois você pesquisa a continuação dessa frase – ‘risadinha é argumento de pesquisa’. E depois me fala”, disse. Nikolas também rejeitou ligação com a facção criminosa PCC, alegou não ter “um pingo de processo por corrupção” e afirmou que enviou emendas para Nova Serrana, em Minas Gerais, por ser o município onde conseguiu maior votação proporcional, negando favorecimento familiar.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Nikolas Ferreira e Guilherme Boulos em entrevista à CNN BrasilReprodução: YouTube/CNN Brasil Nikolas em discussão e votação de Propostas Legislativas no dia 9 de julhoFoto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados Guilherme BoulosFoto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados Jair Bolsonaro e Nikolas FerreiraReprodução: Internet Na Câmara dos Deputados, um dos representantes do PSOL é Guilherme BoulosFoto: Ricardo Stuckert
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A troca de acusações aconteceu enquanto os eles discutiam dois temas que dominam o noticiário: o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF e o impacto de desinformação sobre o sistema de pagamentos instantâneos em investigações de lavagem de dinheiro. Nikolas contestou a narrativa de que seu vídeo teria enfraquecido mecanismos de fiscalização e chamou Boulos de “mentiroso” e “despreparado”.
Já Boulos reagiu apontando que o colega “só faz videozinho para contar mentira” e sustentou que a máquina pública precisa de seriedade. O psolista afirmou não ter acusações de “rachadinha”, questionou o envio de emendas por Nikolas à cidade onde, segundo apurações, seu tio chegou a disputar cargos e atuar na administração local. Boulos também insinuou tentativa de “blindagem” em meio ao debate sobre crime organizado; todas alegações que o deputado do PL rebateu. Boulos ainda citou indicadores recentes de atividade e emprego, dizendo que o país registrou crescimento nos últimos anos e taxas historicamente baixas de desemprego.
No centro do embate esteve o efeito das fake news sobre o Pix nas investigações financeiras. Boulos argumentou que peças de desinformação atrapalham a atuação das autoridades e beneficiam redes criminosas; Nikolas retrucou que se trata de “vinculação absurda” e que seus críticos tentam criminalizar a direita.






