A trágica morte do gari Laudemir de Souza Fernandes chocou o país pela forma brutal como aconteceu. Após se irritar com o rapaz que fazia a coleta de lixo em sua rua, o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior atirou e matou Laudemir. Neste sábado (30/8), foi divulgada a pesquisa que ele fez na internet logo após cometer o crime.
O suspeito apagou as conversas que mantinha com a esposa, a delegada Ana Paula Lamego, dona da arma usada no crime. O delegado responsável pelo caso, Evandro Radaelli, informou que Renê pesquisou sobre o crime após sair do trabalho, segundo apuração do UOL. “Com base na extração do celular do investigado, podemos concluir que ele realizou, após a prática do crime e depois de sair do trabalho, diversas pesquisas referentes às consequências do que havia praticado”. Ele também havia pesquisado se havia alguma repercussão da imprensa de Minas.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Polícia divulga pesquisas feitas por empresário preso por morte de gari em MG Reprodução/Redes Sociais Renê da Silva Nogueira JúniorReprodução TJMG Audiência de custódia de Renê da Silva Nogueira JuniorReprodução: Instagram/@pauloemilioadvocacia Renê da Silva Nogueira JuniorReprodução: Itatiaia René da Silva Nogueira Junior e Laudemir de Souza FernandesReprodução: Uol e G1/ Montagem
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De acordo com Radaelli, Renê usou o comando do carro elétrico que dirigia para sintonizar na rádio Itatiaia e verificar se havia alguma suspeita contra ele. O delegado também afirmou que o empresário mentiu às autoridades. Ele disse que não sabia se havia atingido o gari e, por isso, deixou o local sem prestar socorro.
“Apuramos que ele teve ciência do que praticou, tanto que fez pesquisa com a palavra ‘gari’ e pesquisou o nome da rua em que estava”, contou Radaelli. Ele também mentiu sobre a arma da esposa, pois fazia uso recorrente dela com o consentimento da mesma. “Não sabemos se ela teve ciência na hora do fato [em que o crime aconteceu] ou quando a polícia o encontrou na academia. Ele apagou todas as conversas com ela no dia do crime e conversaram apenas por chamada de voz”.
Renê foi indiciado e responderá por três crimes: homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por meio que impediu a defesa da vítima; ameaça contra a motorista do caminhão de lixo; e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Juntas, as penas somam cerca de 35 anos de prisão. Ana Paula foi indiciada por porte ilegal de arma de fogo e pode pegar entre dois e quatro anos de prisão. Atualmente, ela está afastada por motivos de saúde.






