17 dezembro 2025

Polícia do Acre investiga confronto na Bolívia que terminou com casa incendiada e corpos carbonizados

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Suspeita é de que porcos comeram corpos carbonizados — Foto: Arquivo pessoal

A Polícia Civil do Acre apura as circunstâncias de um confronto ocorrido na madrugada da última terça-feira (5) em Bela Flor, no Departamento de Pando, Bolívia, que resultou na morte de ao menos duas pessoas encontradas carbonizadas. A suspeita é de que a casa incendiada servia de abrigo para foragidos do Complexo Prisional de Rio Branco.

O caso está sob responsabilidade da delegacia de Capixaba, município acreano próximo à fronteira, devido à possível ligação dos mortos e suspeitos com fugitivos do sistema prisional do estado.

Como foi o caso

De acordo com o delegado Aldízio Neto, por volta das 3h da manhã, vizinhos relataram ouvir uma confusão dentro da residência. Cerca de oito pessoas estariam reunidas em uma confraternização quando começou uma briga entre os próprios presentes. Pelo menos dois ou três envolvidos teriam atacado os demais, incendiado a casa e fugido.

No dia seguinte, equipes policiais localizaram dois corpos carbonizados. A Polícia Civil, no entanto, acredita que até cinco pessoas possam ter morrido no incidente.

— “Só conseguimos encontrar duas espinhas dorsais completas. Há indícios de que animais, como porcos criados no local, possam ter se alimentado dos restos mortais”, explicou o delegado.

O principal foco das investigações é a relação do caso com duas fugas recentes no Complexo Prisional de Rio Branco.

  • 19 de junho – Nove detentos escaparam; dois já foram recapturados.

  • 19 de julho – Mais seis presos fugiram; um foi preso novamente no dia seguinte.

As autoridades acreditam que parte dos foragidos possa ter cruzado a fronteira e se escondido na região boliviana.

Dono da casa nega envolvimento

A residência pertence a um homem com dupla nacionalidade que vive na Vila Maparro, também na Bolívia. Ele afirmou à polícia que não conhecia os ocupantes e que utilizava o imóvel apenas para criação de animais.

— “Ele disse que, ao retornar, encontrou a casa queimada e os animais se alimentando dos corpos. Negou qualquer vínculo com os homens mortos”, relatou Aldízio.

A apuração conta com o apoio das delegacias de Capixaba e Plácido de Castro, além da Polícia Nacional Boliviana. A identidade das vítimas será confirmada apenas por exames de DNA, cujo resultado pode levar de seis meses a um ano. Caso familiares não se apresentem para coleta de material genético, a identificação ficará comprometida.

Informação via G1 Acre.

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