5 dezembro 2025

Semana Mundial da Amamentação reforça papel do aleitamento na preservação da vida e do meio ambiente

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© Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo

A Semana Mundial da Amamentação (SMAM) 2025 está sendo marcada por uma campanha que reforça a importância do aleitamento materno não apenas para a saúde, mas também para a preservação ambiental e a construção de um futuro mais sustentável. A iniciativa, celebrada anualmente em agosto, busca mobilizar a sociedade em torno da promoção, proteção e apoio à amamentação.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o aleitamento é uma prática natural, segura e ecologicamente responsável. Por ser uma fonte de alimento renovável, o leite materno não gera resíduos, não depende de processos industriais e reduz os impactos ambientais relacionados à produção e ao consumo de fórmulas artificiais.

“Promover e proteger a amamentação é investir em um sistema de cuidado que respeita o meio ambiente, preserva vidas e fortalece os compromissos com a saúde pública global. Para isso, precisamos construir redes de apoio fortes e duradouras”, afirmou João Aprígio Guerra de Almeida, coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBLH).

Coordenada pela Fiocruz, a RBLH é uma das principais redes de cooperação internacional em saúde pública e tem papel essencial na redução da mortalidade neonatal em todo o mundo. Além disso, a rede participa de projetos de cooperação técnica para fortalecer as políticas públicas voltadas à saúde dos recém-nascidos.

O modelo brasileiro, criado no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), é reconhecido internacionalmente como uma referência em inovação social, equidade e cuidado neonatal.

Números que mostram o impacto

A campanha teve início no dia 1º de agosto. Em 2024, a rede brasileira de bancos de leite humano, composta por 234 unidades e 249 postos de coleta, realizou mais de 2,3 milhões de atendimentos a nutrizes em todo o país. O serviço, gratuito e vinculado ao SUS, também promoveu 460,5 mil encontros em grupo e 281,3 mil visitas domiciliares, reforçando o combate ao desmame precoce.

Além do acolhimento às mães, a rede incentiva a doação de leite humano, fundamental para salvar a vida de bebês prematuros e de baixo peso internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs). No ano passado, foram doados 245,8 mil litros de leite materno, distribuídos em todas as regiões do Brasil.

Benefícios para mãe e bebê

Amamentar é um ato de cuidado com impactos positivos duradouros. Para o bebê, o leite materno reduz o risco de infecções respiratórias e gastrointestinais, além de proteger contra doenças metabólicas e cardiovasculares no futuro.

Já para a mãe, o aleitamento contribui para a recuperação no pós-parto e diminui o risco de desenvolver câncer de mama, entre outros benefícios à saúde.

Promover a amamentação, portanto, é garantir qualidade de vida, fortalecer laços familiares e investir em uma sociedade mais saudável e consciente do seu papel na preservação da vida e do planeta.

Informações via Agência Brasil.

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